A situação em uma escola pública do Distrito Federal tomou um rumo inesperado quando a professora Thallyta Silva Almeida, de 29 anos, foi presa em flagrante por roubar dados de cartões bancários de colegas. A prisão ocorreu na segunda-feira (23), após a vice-diretora da Escola Classe da 308 Sul revisar um vídeo de segurança que a flagrou em ação. O incidente gerou um prejuízo total de R$ 6 mil para as vítimas, que relataram compras indevidas desde fevereiro deste ano.
Flagrante e consequências
Em um momento alarmante, a vice-diretora da escola percebeu que sua bolsa havia sido mexida e decidiu verificar as câmeras de segurança. No vídeo, Thallyta é vista abrindo a bolsa da vice-diretora e fotografando os cartões. “Vi claramente ela tirando foto do cartão, tanto da frente quanto do verso. Assim, consegui cancelar a compra antes que meu cartão fosse usado novamente”, disse a vice-diretora. No total, pelo menos seis colegas foram alvos da professora, que utilizou os dados para adquirir roupas de grife, cosméticos e fazer reservas de hospedagens e ingressos para eventos.
Reação da Secretaria de Educação
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) se manifestou em relação ao caso, informando que a professora foi desligada assim que a situação foi comunicada. O órgão destacou que procedimentos administrativos foram seguidos e que está acompanhando o caso em conjunto com as autoridades competentes. “A SEEDF não divulga dados pessoais ou informações que permitam a identificação de indivíduos em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais”, declarou a secretaria.
Caminhos legais e defesa
Após ser presa, Thallyta pagou uma fiança de R$ 3 mil e foi liberada. Seu advogado, Diego Araújo, alegou que sua cliente optou por permanecer em silêncio durante o depoimento, em busca de um melhor entendimento das provas contra ela. “Ela utilizará o direito constitucional de se manifestar em um momento futuro, uma vez que tivermos mais clareza sobre o inquérito policial e as evidências that constam nos autos”, disse o advogado.
Caso anterior e recorrência
Este não é o primeiro incidente envolvendo Thallyta Silva Almeida. Em maio de 2024, enquanto era estagiária no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, ela já havia sido presa por furtar R$ 946 de um colega. Àquela época, a professora também pagou fiança e foi liberada. A recorrência de seus atos levanta preocupações sobre a capacidade de reintegração de um profissional da educação que demonstrou comportamentos tão alarmantes.
Impacto na comunidade escolar e reflexões
O caso de Thallyta gerou uma onda de desconfiança entre os funcionários da escola e preocupações sobre a segurança na comunidade escolar. Muitos se perguntam como é possível que uma pessoa em uma posição de confiança e responsabilidade como a de professora possa se envolver em atos tão prejudiciais e desonestos. Especialistas em comportamento e ética no trabalho sugerem que instituições educacionais devem reforçar medidas de segurança e promover uma cultura de transparência e ética para prevenir futuros casos semelhantes.
Além dos danos financeiros, o caso evidencia a necessidade de políticas de proteção aos docentes e ao ambiente educacional, destacando a importância de manter um clima de confiança entre alunos, pais e educadores. “É fundamental que se crie uma rede de apoio e verificação para garantir a integridade dos profissionais e a segurança dos alunos”, afirmou um especialista em gestão escolar.
Diante de tudo isso, o desenrolar do caso de Thallyta Silva Almeida será acompanhado de perto, tanto pelas autoridades quanto pela comunidade escolar, que agora busca restaurar a confiança no ambiente educacional.