Brasil, 1 de outubro de 2025
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Trilha no Monte Rinjani expõe riscos e falta de segurança na Indonésia

Após acidente fatal de brasileira, relato de turista revela precariedade em passeios de aventura no país.

A Indonésia, famosa por suas belezas naturais e destinos turísticos, foi palco de um triste episódio que gerou alarme sobre a segurança em trilhas de vulcões. Juliana Marins, uma brasileira, foi encontrada sem vida após cair em uma cratera próxima ao Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos do país. O caso leva a reflexões sobre a infraestrutura e a segurança das atividades turísticas na região, conforme relata Vinícius Santos, um brasiliense que visitou o local.

A experiência de Vinícius Santos na Indonésia

No último mês de dezembro, Vinícius decidiu viajar para a Indonésia em busca de aventura, mas acabou desistindo de fazer a trilha do Monte Rinjani. Ele ressalta que a falta de infraestrutura e a segurança nos passeios turísticos foram alarmantes. “Uma das falas marcantes de um dos guias era para que você não tocasse em nada. A chance de receber socorro naquela região seria bem pequena”, explica.

Com 3.726 metros de altitude, o Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, é um dos destinos mais procurados por turistas em busca de aventura. Apesar de sua popularidade, estatísticas do governo indonésio revelam que a trilha já registrou 180 acidentes e oito mortes nos últimos cinco anos, o que lança uma sombra sobre a segurança do lugar.

Perigos das trilhas em vulcões

A trilha do Monte Rinjani é considerada uma das mais desafiadoras do mundo, apresentando trechos íngremes e uma instabilidade climática que pode tornar o percurso extremamente perigoso. Vinícius relata que os turistas são obrigados a passar dias na montanha, enfrentando condições adversas como frio intenso e altitudes elevadas, sempre com pouca infraestrutura de apoio.

“Os guias normalmente não possuem equipamentos básicos, como lanternas ou kits de primeiros socorros. A falta de sinalização e o improviso me deixaram muito preocupado”, afirmou. Além disso, ele destacou que, em caso de emergência, a possibilidade de socorro efetivo é quase inexistente. “Fiquei pensando: ‘Se algo der errado, como vão socorrer?’. Foi uma decisão difícil, mas me senti mais seguro evitando a trilha”, concluiu.

A necessidade de regulamentação

O relato de Vinícius traz à tona a precariedade das regulamentações em atrações turísticas na Indonésia, especialmente em regiões que exigem experiência e infraestrutura adequadas para a segurança dos visitantes. “Falta sinalização, falta treinamento dos guias, entendeu? A experiência que eu tive e o que eu notei é que é tudo muito amador”, enfatiza.

Essa falta de cuidado pode ter consequências trágicas, como a morte de Juliana Marins, que chocou a comunidade brasileira e despertou discussões sobre a necessidade de melhorias nas condições de segurança em trilhas de vulcões. “É triste saber que um passeio que deveria ser uma experiência incrível se tornou uma tragédia”, lamentou Vinícius.

Conclusão

A experiência de Vinícius Santos e o trágico acidente com a brasileira Juliana Marins servem como um alerta para todos os que planejam aventuras em locais exóticos. Segurança e preparação devem ser prioridades, especialmente em trilhas desafiadoras como a do Monte Rinjani. É fundamental que as autoridades locais se mobilizem para oferecer melhores condições e garantir que turistas possam desfrutar das belezas naturais da Indonésia sem colocar suas vidas em risco.

Além disso, os turistas devem ser informados sobre os riscos que cada atividade envolve e considerar cuidadosamente se estão prontos para enfrentar os desafios que os aguardam. A segurança deve sempre vir em primeiro lugar, para que experiências maravilhosas e inesquecíveis sejam vividas de maneira segura.

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