Brasil, 27 de junho de 2025
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Reflexões de uma estreia tardia: assistindo “Dude, Where’s My Car?” após 25 anos

Uma análise divertida e crítica de um clássico arcade de humor burlesco dos anos 2000, agora disponível na Hulu após quase 25 anos.

Em uma noite de pura nostalgia, decidi assistir pela primeira vez o filme “Dude, Where’s My Car?” na Hulu, quase 25 anos após seu lançamento em 2000. Com apenas sete anos na época, minha experiência com esse clássico do humor estonero foi uma surpresa completa, marcada por risos, perplexidade e uma reflexão sobre como o tempo molda nossas percepções cinematográficas.

Primeiras impressões desconcertantes

Logo na abertura, a presença de efeitos CGI ruins, como avestruzes digitais, já revela o espírito do early 2000s. A proposta de uma comédia de humor burlesco e psicodélico parece mais desconexa do que eu imaginava, com piadas constantes que parecem pouco conectadas à narrativa principal. Engraçado, porém, de uma forma muito… muito… muito boba.

Humor datado ou intencional?

Após 10 minutos, já me deparava com o clássico humor de cachorro, piadas repetidas e referências visuais que parecem saídas de desenhos animados de anta-anos. Algumas piadas parecem uma mistura de elementos de “Pee-wee Herman” e “Dumb & Dumber”, mas com uma overdose de humor de baixa qualidade e pegadinhas escancaradas.

Repetições e estranhezas

A sensação de repetição chega a ser cansativa. Piadas que se repetem múltiplas vezes, como a piada do “I know you are, but what am I?”, quase transformam a experiência em um exercício de tortura cômica. Mesmo assim, há momentos que conseguem arrancar risadas, como a cena do policial torturando o boneco ou as bizarrices envolvendo alienígenas que parecem mais uma desculpa do roteiro do que uma tentativa de humor inteligente.

Personagens e referências

Descobri que Tommy é interpretado por Charlie O’Connell, irmão de Jerry O’Connell, o que acrescenta uma camada divertida ao elenco. Jennifer Garner também aparece, atuando com entusiasmo em cenas que as piadas muitas vezes não sustentam. Há também referências a cultura pop da época, como posters de alienígenas e cenas de arcade que parecem uma viagem no tempo ao final dos anos 90 e início dos 2000.

O que funcionou e o que não funcionou?

Apesar de toda a insanidade e bom humor escancarado, o filme sofre de um roteiro desconexo, abordando temas como alienígenas, stolen cars e amores adolescentes de forma pouco envolvente. A produção parece mais uma sitcom longa do que um filme, com piadas repetidas e uma narrativa que tenta, mas não consegue, sustentar o interesse por mais de uma hora.

Reflexões finais

Para quem gosta de um passatempo despreocupado, “Dude, Where’s My Car?” oferece momentos divertidos. Contudo, sua abordagem ultrapassada, carregada de estereótipos raciais e transvalorizações, provavelmente não resistiria a uma avaliação moderna sob a ótica de um cinema mais consciente. Ainda assim, como um passeio por memórias dos anos 2000, é uma experiência que vale a pena para os nostálgicos.

Seja você fã ou não, essa comédia boba nos faz refletir sobre como o humor evolui e sobre o que realmente rende risadas — ou sozinha. Compartilhe sua opinião nos comentários e diga se, assim como eu, você também só assistiu agora, quase 25 anos depois!

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