Na segunda-feira, uma coalizão de seguradoras de saúde, incluindo Aetna, Blue Cross Blue Shield, Cigna, Kaiser Permanente e UnitedHealthcare, comprometeu-se a reformar o controverso processo de autorização prévia. O anúncio ocorreu após reunião com autoridades federais, como o secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., e o diretor da CMS, Dr. Mehmet Oz, em Washington, D.C.
O que é autorização prévia e por que ela é criticada
Autorização prévia refere-se à necessidade de os profissionais de saúde obterem aprovação das seguradoras antes de realizar determinados procedimentos ou tratamentos. Segundo uma pesquisa de 2024 da Associação Médica Americana, quase um terço dos médicos afirma que seus pedidos de autorização são frequentemente ou sempre negados, e cerca de 75% notaram aumento nas recusas nos últimos cinco anos.
Responsáveis e pacientes denunciam que esse sistema gera atrasos no atendimento e até impede o acesso a cuidados essenciais, colocando a saúde dos pacientes em risco. A pesquisa também revelou que 93% dos médicos relataram que a autorização prévia causou atrasos em tratamentos necessários, e 82% disseram que, às vezes, o processo leva pacientes a abandonarem a própria terapia.
O compromisso das seguradoras e desafios futuros
Embora as seguradoras tenham prometido simplificar o procedimento “de forma voluntária”, especialistas alertam que esse não é o primeiro compromisso semelhante. Nas últimas décadas, várias indicações de reformas foram feitas, mas muitas delas não foram implementadas de fato ou não trouxeram melhorias significativas.
“Este é um passo importante, mas é necessário acompanhar de perto para garantir que as mudanças sejam concretas e duradouras”, comentou a representante da associação médica. Ainda não há detalhes específicos sobre as ações que serão adotadas para acelerar o processo, mas a expectativa é que a medida seja implementada nos próximos meses.
Impactos na saúde e na relação entre pacientes e médicos
Especialistas afirmam que a simplificação do processo de autorização prévia pode reduzir o tempo de espera para tratamentos e diminuir o risco de complicações decorrentes de atrasos. No entanto, a efetividade dependerá do comprometimento real das seguradoras e do monitoramento por parte das autoridades reguladoras.
Ainda que haja avanços, a luta por uma assistência médica mais acessível e ágil permanece como prioridade do setor de saúde, que busca equilibrar controle financeiro e atendimento de qualidade.
Enquanto isso, pacientes, médicos e entidades de classe aguardam que a promessa se traduza em mudanças concretas, garantindo uma assistência menos burocrática e mais segura para todos.