Brasil, 25 de junho de 2025
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Cid afirma que calculou dinheiro entregue a Braga Netto pelo peso da sacola de vinho

Cid narra entrega de dinheiro e Braga Netto nega em acareação no STF.

No dia 24 de junho de 2025, ocorreu uma acareação no Supremo Tribunal Federal (STF) entre Mauro Cid e o ex-ministro Braga Netto, envolvendo denúncias de entrega de dinheiro durante negociações políticas que visavam reverter o resultado da eleição de 2022. A situação tem gerado intenso interesse público e debate sobre a integridade das negociações políticas no Brasil.

A polêmica da entrega de dinheiro

Segundo as declarações de Mauro Cid, responsável pela delação, a entrega de uma quantia em dinheiro por Braga Netto ocorreu no Palácio da Alvorada. Cid afirmou que calculou o montante pelo peso da sacola de vinho em que o dinheiro estaria embalado. Em sua narrativa, ele detalhou uma conversa em novembro de 2022, onde teria buscado recursos para ações políticas. Braga Netto, no entanto, alega que nunca entregou qualquer quantia a Cid.

Contradições nas declarações

As divergências nas versões dos dois réus foram notórias. Cid afirmou que, após uma negativa do tesoureiro do PL, Marcelo Azevedo, Braga Netto sugeriu que conseguiria o dinheiro de outra forma e o entregou posteriormente. Braga Netto, por sua vez, insistiu que não houve entrega de dinheiro e que a conversa foi direcionada a campanhas eleitorais legítimas.

A ata da acareação revela que o réu colaborador disse não ter visto o dinheiro de fato, uma vez que a sacola estava lacrada. A defesa de Braga Netto, representada por José Luis de Oliveira, chamou a narrativa de Cid de “mentirosa” e contestou a credibilidade de suas declarações, enfatizando que Cid estava visivelmente constrangido durante a audiência.

Testemunhos opostos

A tensão entre as partes ficou evidente durante os depoimentos, onde Braga Netto destacou que não levantou mais o assunto do dinheiro após a negativa do tesoureiro. Ele também reafirmou que sua comunicação sobre o dinheiro se restringia a questões eleitorais, e não a uma transação ilícita. Por outro lado, as alegações de Cid indicam uma possibilidade de apoio financeiro a grupos de manifestantes ligados ao agronegócio, o que complica ainda mais a situação.

Repercussões na política brasileira

O depoimento e as alegações levantadas durante a acareação têm implicações significativas para o cenário político brasileiro. Cid e Braga Netto não são os únicos envolvidos em um contexto de controvérsias que incluem discussões sobre o que é aceitável em negociações políticas. As manifestações e a insatisfação de alguns setores em relação ao atual governo têm fomentado constantes debates sobre a ética nas tratativas políticas.

A defesa de Mauro Cid argumentou que suas afirmações eram consistentes ao longo do processo, mesmo com a forte oposição da defesa de Braga Netto, que se opôs à narrativa de Cid ao apresentar cada declaração como uma contradição a mais. O advogado de Cid, Vânia Bitencourt, chegou a ressaltar que ele manteve a mesma versão, desafiando as acusações de inconsistência.

Continuidades e desdobramentos

As audiências no STF estão sendo acompanhadas de perto, uma vez que as alegações têm o potencial de impactar candidaturas futuras, principalmente com as eleições municipais se aproximando. A acareação entre Braga Netto e Cid é parte de um conjunto de investigações mais amplas que envolvem o círculo próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Conforme as investigações avançam e as audiências ocorrem, espera-se que mais informações venham à tona, revelando os contornos de um período conturbado da política brasileira, onde a imprecisão e o temor de um golpe foram temas frequentes, refletindo uma profunda tensão na sociedade.

A situação permanece fluidificada, com desdobramentos a serem aguardados enquanto se busca a verdade por trás das alegações de ambos os lados. O STF seguirá coordenando as investigações e as acareações com a finalidade de garantir que a justiça seja feita e que a verdade venha à tona.

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