Brasil, 25 de junho de 2025
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Câmara de Teresina continua pagando salário de vereadora presa

O Tribunal de Contas do Piauí recomenda que a Câmara mantenha o salário da vereadora Tatiana Medeiros, afastada por acusação de crime.

A vereadora Tatiana Medeiros, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), foi presa sob acusações de envolvimento com uma facção criminosa atuante em Teresina, mas a Câmara Municipal de Teresina (CMT) deve continuar pagando seu salário mensal de R$ 24,7 mil. A recomendação foi feita pelo Tribunal de Contas do Piauí (TCE-PI) em resposta a uma consulta da Procuradoria-Geral da Câmara.

A situação da vereadora e o impacto na Câmara Municipal

A vereadora está afastada desde 3 de abril e, embora o primeiro suplente do PSB, Leondidas Júnior, tenha assumido sua cadeira na Câmara em 4 de junho, a decisão do TCE implica que Tatiana continuará recebendo seu salário enquanto não houver a cassação formal de seu mandato. Enzo Samuel, presidente da CMT, esclareceu que a Câmara é obrigada a cumprir a recomendação do tribunal: “Somente após o julgamento do processo é que se pode tomar uma decisão em relação a isso”, afirmou.

Cassação do mandato e repercussões jurídicas

Atualmente, não há um processo de cassação do mandato de Tatiana tramitando na Justiça Eleitoral ou na Câmara Municipal, o que significa que, enquanto não houver uma condenação definitiva, ela mantém seus direitos políticos, incluindo o de receber seu salário. Tatiana e outras oito pessoas, incluindo familiares, são réus por crimes como organização criminosa e corrupção eleitoral. Em caso de condenação, ela ainda terá o direito de recorrer.

Alterações importantes no regimento da Câmara

Além das questões relacionadas à vereadora, a Câmara de Teresina também anunciou uma mudança significativa no prazo de convocação de suplentes. A partir da próxima quarta-feira (24), o intervalo para convocação dos suplentes aumentará de 60 para 120 dias, alinhando-se ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que prescreve que a licença de parlamentares deve ser de 120 dias. Essa mudança tem como objetivo garantir que a convocação dos suplentes esteja em conformidade com a legislação vigente.

Contexto sobre a prisão de Tatiana Medeiros

Tatiana foi presa pela Polícia Federal em 3 de abril durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, que investiga suspeitas de financiamento ilícito de campanhas políticas. De acordo com os investigadores, os recursos utilizados para a campanha da vereadora foram oriundos de atividades criminosas de uma facção em Teresina. Além da prisão preventiva, a Justiça Eleitoral decidiu afastá-la de suas funções como vereadora.

Condições de saúde e prisão domiciliar

Durante os dois meses em que permaneceu detida no Quartel do Comando Geral, Tatiana enfrentou problemas de saúde que resultaram em internações em hospitais locais. Em 3 de junho, devido ao agravamento de seu estado, a juíza da 1ª Zona Eleitoral de Teresina, Junia Maria Feitosa, determinou a conversão de sua prisão preventiva para prisão domiciliar, permitindo que ela continue a responder ao processo em casa.

A situação de Tatiana Medeiros levanta questões importantes sobre a relação entre a política, a Justiça e os direitos dos representantes eleitos, trazendo à tona discussões sobre a integridade do sistema político e a necessidade de garantir que processos justos sejam respeitados, mesmo diante de graves acusações. A Câmara Municipal de Teresina, por sua vez, deverá se ajustar às novas diretrizes estabelecidas pelo TCE e também as exigências do STF, enquanto a situação da vereadora continua a ser acompanhada de perto pela sociedade e pela mídia.

Para mais informações e atualizações sobre este caso, continue acompanhando as notícias no g1 Piauí.

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