Brasil, 25 de junho de 2025
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Braga Netto chama Mauro Cid de mentiroso em acareação no STF

A defesa de Braga Netto afirma que Mauro Cid faltou com a verdade em depoimentos no Supremo Tribunal Federal.

No coração das investigações sobre a suposta trama golpista no Brasil, uma acareação no Supremo Tribunal Federal (STF) acirrou os ânimos entre os ex-ministros Walter Braga Netto e Mauro Cid. O advogado de Braga Netto, José Luis de Oliveira Lima, conhecido como Juca, disse em um depoimento ontem que seu cliente se referiu a Cid como “mentiroso”, durante a audiência onde Cid foi confrontado sobre suas declarações anteriores. O clima tenso desse processo reflete a complexidade da situação política atual e as acusações graves que permeiam esse caso inserido no contexto da defesa da democracia brasileira.

A acusação de mentiras e contradições

A acareação, que se estendeu por quase duas horas, foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes e teve a participação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Durante o depoimento, Juca destacou que Braga Netto, em sua defesa, chamou Cid de mentiroso em duas ocasiões. Segundo ele, Cid estava constrangido, com a cabeça baixa, e evadiu-se de contestar as acusações apresentadas.

Essas alegações não são novas; em depoimentos anteriores, Braga Netto também havia insinuado que Cid mentiu em múltiplas situações, especialmente durante sua delação premiada. O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, também corroborou essa visão, afirmando que as declarações de Cid não são confiáveis e que ele foi “desmoralizado” durante a acareação.

Detalhes da trama golpista

A acusação central que liga Braga Netto e Mauro Cid a uma suposta trama golpista envolve relatos contraditórios sobre reuniões no Palácio da Alvorada e sobre uma alegada entrega de dinheiro feita por Braga Netto a Cid. A defesa de Braga Netto contestou a versão de Cid sobre o local de entrega do dinheiro, apontando que ele sugeriu diferentes locais em sua narrativa. Juca enfatizou a falta de provas concretas por parte de Cid para sustentar suas alegações, questionando onde estaria a evidência da suposta entrega.

O clima tensional se reflete no fato de que Cid, em seus depoimentos anteriores, havia mencionado três locais diferentes onde o dinheiro poderia ter sido entregue, o que levantou dúvidas sobre a credibilidade de sua versão. Segundo Juca, “ele não tem prova de nada”. Essa declaração reiterou a posição da defesa, que insiste na falta de consistência nas afirmações de Cid.

Próximos passos e rumores sobre as audiências

Enquanto as acareações prosseguem, surgem rumores de que Bolsonaro pode estar acompanhando atentamente o desenrolar dessas audiências no STF. Segundo informações, ele tinha o direito de comparecer, contudo, está em tratamento para pneumonia, o que dificulta sua presença. Até agora, Braga Netto, preso preventivamente, recebeu autorização para comparecer à audiência em Brasília e esta foi a primeira vez desde sua detenção que ele saiu da unidade militar onde estava detido.

Em continuidade à acareação, o ex-ministro Anderson Torres deverá se confrontar com o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, em um procedimento que se destina a esclarecer mais contradições entre seus relatos. Segundo informações, os relatos e depoimentos serão analisados por Moraes, que deverá decidir sobre os próximos passos desse intrigante caso político.

Cabe ressaltar que, apesar da gravidade das acusações e das possíveis implicações políticas, as acareas não são gravadas, mas as atas das sessões serão divulgadas posteriormente, gerando grande expectativa sobre o que mais pode ser revelado sobre as suas participações nesta trama segura pela justiça. Em um país onde a política e a justiça se entrelaçam de muitas formas, a situação atual é um lembrete do quanto as ações passadas podem ecoar no presente, impactando o futuro da política brasileira.

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