No calor da agitação de Lima, capital do Peru, as lembranças sobre Robert Francis Prevost se entrelaçam com a fé dos agostinianos. Após ser eleito Papa, Prevost, que já foi missionário no país, é relembrado por sua dedicação e amor ao próximo, especialmente numa comunidade marcada por dificuldades.
A homenagem ao novo Papa
No convento de Santo Agostinho, localizado no centro histórico de Lima, a atmosfera é de reflexão e saudação. A estrutura rococó que abriga os religiosos é um espaço sagrado que acolhe aqueles que buscam a espiritualidade em tempos de mudanças. Durante sua estadia, Prevost era conhecido por seu jeito simples e fraterno. “Ele gostava de cozinhar e sempre se mostrava próximo de nós na Eucaristia”, recorda o Pe. Gioberty Calle.
Momentos marcantes em terras peruanas
A trajetória missionária de Prevost no Peru começou nos anos 80, quando ele chegou a Chulucanas. Durante sua estadia, ele se envolveu profundamente com as comunidades locais, construindo amizades e reconhecendo as tradições e a cultura peruana. O Pe. Calle comenta que a ligação com o novo Papa é intensificada durante momentos como o anúncio de sua eleição: “A alegria no convento era palpável, com sinos tocando e aplausos ecoando”. Prevost, ao se apresentar como Papa, cumprimentou seu país adotivo, reforçando sua conexão com o Peru.
A recepção calorosa da comunidade religiosa
A festa da Eucaristia no convento se destacou entre as celebrações. Com ênfase na importância da comunhão, a comunidade aplaudiu o novo Papa, evidenciando um amor incondicional e uma expectativa por seu retorno ao país. Irmã Margaret Walsh, que vive no Peru há cerca de 30 anos, também compartilha suas recordações sobre Prevost. “Ele era muito amoroso e respeitoso com as mulheres da comunidade”, lembra.
A realidade peruana e o papel da Igreja
O Peru, conhecido por sua rica história e cultura, também enfrenta desafios sociais, incluindo a pobreza e a criminalidade. No entanto, a fé do povo é uma constante que brilha em tempos de adversidade. Irmã Margaret destaca o compromisso de Prevost em compreender e respeitar as tradições locais, o que o ajudou a estabelecer um vínculo forte com a população. “Ele nunca fez julgamentos. Sempre mostrou interesse real pela cultura local”, comenta.
A mensagem para o novo Papa
Com a eleição de Prevost como Papa, a comunidade religiosa no Peru se sente orgulhosa e esperançosa. O Pe. Calle expressa: “Ele é um agostiniano e, como tal, tem a responsabilidade de ser um verdadeiro líder espiritual”. Todos têm a expectativa de que, ao olhar para suas raízes no país sul-americano, Prevost leve consigo a essência da espiritualidade e da cultura peruana durante seu papado.
Um convite para o futuro
Os agostinianos no Peru aguardam ansiosamente a visita do Papa. “Ele sempre foi um homem de fé, e estamos prontos para apoiá-lo em sua jornada”, diz Pe. Calle, transmitindo um sentimento que ressoa em toda a comunidade. A história de Prevost no Peru é um reflexo de fé, amor e unidade, e sua trajetória promete ser uma inspiração para todos os fiéis.
O novo Papa, agora, carrega não apenas um encargo global, mas também a memória e o coração dos que o conheceram e o amaram enquanto missionário. Com essa nova responsabilidade, Prevost se torna um símbolo de esperança e união, não apenas para o Peru, mas para o mundo inteiro.