Um protesto contra o casamento de Jeff Bezos e Lauren Sánchez em Veneza viralizou nas redes sociais nesta semana. A cerimônia, prevista para acontecer em diversos locais da ilha, tem gerado revolta entre moradores e ativistas ambientalistas.
Reações dos moradores e ativistas contra o casamento de Bezos em Veneza
Centenas de residentes venezianos se uniram sob a campanha “Sem espaço para Bezos”, denunciando os impactos do evento na cidade. Os protestos incluem bloqueios nos canais, ocupação das ruas com corpos e o uso de infláveis e barcos para impedir o fluxo das cerimônias, que prejudicariam ainda mais o já deteriorado ambiente local.
Segundo uma organizadora do movimento, “Bezos nunca chegará ao Misericordia. Nós bloquearemos os canais, impediremos a passagem com nossos corpos”. O evento, de vários dias e com convidados multimilionários, também foi alvo de críticas por sua suposta influência sobre um patrimônio cultural declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Críticas relacionadas ao impacto ambiental e social do evento
Ativistas da Greenpeace Itália e do grupo britânico também participaram das manifestações nesta quarta-feira, na Praça de São Marcos, exibindo faixas de protesto contra o alto impacto ambiental. Eles ressaltaram preocupações sobre o aumento do turismo de massa e a contínua crise climática que afeta Veneza.
Enquanto isso, o movimento de protesto se soma às denúncias sobre as questões fiscais de Bezos, que, nos últimos anos, conseguiu pagar uma taxa de quase zero nos Estados Unidos, além de ser criticado pela baixa contribuição tributária de suas empresas, como a Amazon. Segundo investigações, a taxa média de imposto de Bezos de 2014 a 2018 foi de apenas 0,98% (ProPublica).
Resposta dos organizadores e postura oficial
Os organizadores do casamento, Lanza & Baucina Limited, emitiram nota afirmando que “os rumores de que tomaremos o controle da cidade são totalmente falsos”. A empresa garantiu que todas as ações visam minimizar os impactos na rotina de Veneza, com destaque para o respeito às comunidades locais.
Apesar das manifestações, fontes próximas ao evento informaram que a cerimônia será realocada de uma prédio histórico para evitar maiores polêmicas, segundo o NPR. No entanto, a mobilização da sociedade e dos ativistas demonstra a força de um movimento que questiona o protagonismo de Bezos e empresas bilionárias na arquitetura do turismo e do desenvolvimento sustentável na cidade.
