Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 29% dos consumidores utilizaram o nome de amigos ou familiares para fazer compras nos últimos 12 meses. Entre as razões, estão dificuldades financeiras e tentativa de evitar restrições de crédito.
Motivos e riscos do empréstimo de nome
De acordo com a pesquisa, os principais motivos para recorrer ao “empréstimo de nome” foram nunca ter tentado acesso ao crédito (24%), estourar o limite do cartão ou cheque especial (24%) e não conseguir aprovação (18%). O presidente da CNDL, José César da Costa, alerta para os riscos:
“Se uma pessoa está sem crédito, provavelmente já enfrenta dificuldades para manter as contas em dia. As consequências do empréstimo de nome podem ser muito ruins, tanto do ponto de vista financeiro quanto das relações pessoais”, afirma Costa. Quem empresta o nome, muitas vezes, arca com dívida que não foi contraída por ele, assumindo risco junto às instituições financeiras.
Perfil dos quem emprestam o nome
A prática ocorre principalmente dentro do círculo de convivência: cônjuges (26%), irmãos (18%), pais (18%), amigos (17%) e outros familiares (17%). Os motivos alegados para pedir o empréstimo variam: 25% disseram que precisavam comprar mantimentos, 18% queriam pagar dívidas, 17% pretendiam comprar algo para os filhos, e 15% citaram presentes em datas especiais.
Honestidade dos consumidores e impacto financeiro
Apesar da prática, a maioria dos envolvidos afirma honrar os compromissos assumidos. Segundo a pesquisa, 84% dizem que quitaram ou estão quitando as parcelas em dia. No entanto, especialistas alertam que essa solução temporária pode mascarar dificuldades financeiras que podem se agravar.
Reflexos e recomendações
O uso do nome de terceiros para facilitar compras é uma prática arriscada e pode gerar consequências negativas, como inadimplência e prejuízos às relações pessoais. É fundamental que os consumidores busquem alternativas para regularizar sua situação financeira e evitem ações que possam comprometer ainda mais suas finanças.
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