Brasil, 24 de junho de 2025
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Moraes autoriza defesa de Bolsonaro em acareação no STF

O ministro Alexandre de Moraes permitiu que advogados de Bolsonaro participem da acareação entre Braga Netto e Mauro Cid no STF.

O clima de tensões políticas e judiciais continua a ser um dos principais focos de atenção do Brasil. Na última segunda-feira, 23 de junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participem da acareação programada entre o ex-candidato a vice-presidente Walter Souza Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid. Essa sessão, agendada para terça-feira, 24 de junho, busca esclarecer aspectos controversos da Ação Penal nº 2.668, que investiga uma suposta trama para um golpe de Estado que teria ocorrido entre 2022 e 2023.

A decisão do STF e seu impacto

A decisão de Moraes surgiu em resposta a um pedido formal da defesa de Bolsonaro. O ministro assegurou que “todas as defesas dos co-réus” na mencionada ação penal têm o direito de participar das acareações. A intenção é esclarecer “eventuais contradições decorrentes dos diversos depoimentos das testemunhas ou dos interrogatórios dos réus”.

“Diante do exposto, todas as defesas dos co-réus, na presente ação penal, têm o direito de participar das acareações, inclusive dos réus Jair Messias Bolsonaro e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, pelo que, nos termos do art. 21 do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o pedido”, explicita Moraes em sua comunicação.

A preparação para a acareação

O general Braga Netto, que se encontra em prisão preventiva no Comando da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro, chegou a Brasília na mesma segunda-feira para participar do procedimento. Durante seus deslocamentos, ele está sob monitoramento em virtude do uso de uma tornozeleira eletrônica.

Em meio a essa conturbada situação, a defesa de Braga Netto fez uma tentativa de adiar a acareação, alegando que um de seus advogados estaria em uma viagem internacional na data previamente marcada. No entanto, o pedido foi indeferido por Moraes, que determinou a continuidade das audiências dentro do cronograma estabelecido.

Expectativas para a acareação

Com a acareação marcada para às 10h da terça-feira, as expectativas giram em torno de como os depoimentos de Braga Netto e Mauro Cid se alinharão ou divergirão, além do papel ativo que os advogados de Bolsonaro poderão desempenhar nesse processo. A participação da defesa do ex-presidente é um movimento estratégico em um cenário repleto de nuances jurídicas e políticas representativas.

O desenrolar dessa acareação pode ter reflexos significativos tanto no entendimento da atuação de Bolsonaro em seu mandato quanto nas percepções públicas sobre eventuais articulações políticas de ocasião que podem ter ocorrido durante e após as últimas eleições.

Consequências legais e políticas

A acareação não é apenas um procedimento judicial, mas também um capítulo importante em um contexto nacional em que a polarização política está em alta. As audiências públicas em questão têm o potencial de influenciar o futuro político dos envolvidos e, de maneira mais ampla, contribuir para uma reflexão sobre o estado da democracia no Brasil.

À medida que os eventos se desenrolam no STF, resta saber quais desdobramentos surgirão a partir dessa acareação e como ela pode impactar o cotidiano dos cidadãos brasileiros, em um momento em que questões de governabilidade e a confiança nas instituições estão em cheque.

Portanto, todos os olhos se voltam para o STF e as narrativas que o cercam, em meio a um clima de expectativa que permeia tanto os envolvidos no caso quanto a sociedade civil. Com a Justiça em cena, a luta pela verdade e pela transparência se torna o foco da atenção pública, que aguarda por respostas e esclarecimentos.

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