Temores aumentaram nesta semana após uma ofensiva dos Estados Unidos que atingiu três das instalações nucleares mais sensíveis do Irã, levando Teerã a prometer retaliação e elevando o risco de uma guerra regional ampliada. Analistas apontam que o Irã pode responder de diversas formas, incluindo ataques a instalações militares e bloqueios estratégicos na região do Golfo.
Retaliações potenciais do Irã
Logo após os ataques americanos, o Irã disparou 14 mísseis balísticos contra a Base Aérea de Al Udeid, no Catar, uma das maiores instalações dos EUA na região do Oriente Médio. Os mísseis, de curto e médio alcance, foram interceptados pelas defesas do Catar e não houve vítimas, mas sinalizam a disposição iraniana de responder às agressões.
Analistas alertam que o Irã possui um arsenal considerável e uma extensa rede de forças proxy na região, o que lhe permite potencialmente atacar alvos no Oriente Médio, além de ameaçar o Estreito de Hormuz, uma rota vital para o comércio mundial de petróleo — aproximadamente 20% do petróleo global passa por lá.
Razões para preocupação: possíveis ações do Irã
Além do ataque direto, o Irã tem ameaçado interromper o tráfego pelo Estreito de Hormuz, o que poderia afetar significativamente a economia global. A Secretaria de Segurança Interna dos EUA também alertou para possíveis ataques cibernéticos e ações terroristas apoiadas pelo Irã no território americano.
Estados Unidos e aliados têm elevado o nível de alerta, com o Departamento de Estado recomendando cautela redobrada a cidadãos americanos no exterior e ordenando a saída de pessoal não essencial de missões diplomáticas em países como Iraque e Líbano. Ainda no Catar, onde ocorreram os ataques, os diplomatas aconselharam americanos a se protegerem em locais seguros.
Potenciais alvos e próximos passos
Apesar de até o momento não haver grandes interrupções no fornecimento de petróleo, especialistas indicam que o Irã pode tentar desestabilizar a região atacando navios no Estreito de Hormuz ou atingindo instalações militares nos países vizinhos. A escalada coloca em risco a estabilidade regional e mundial, elevando a possibilidade de novos confrontos militares em áreas estratégicas.
Analistas ressaltam que os próximos movimentos do Irã dependerão de sua avaliação das ações dos Estados Unidos, e que o conflito pode se intensificar se o Irã decidir ampliar suas ações além das respostas defensivas atuais. Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha com preocupação o desdobramento desta crise.
