Brasil, 24 de junho de 2025
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Análise da minuta do golpe revela semelhanças com documento online

A recente investigação em torno da chamada “minuta do golpe” encontrou um desdobramento importante com a apresentação de um laudo pericial solicitado pela defesa de Anderson Torres. O documento, que foi apreendido pela Polícia Federal na residência do ex-ministro da Justiça, mostra similaridades com um conteúdo que pode ser baixado da internet, colocando em evidência a complexidade do caso que envolve figuras notórias, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A minuta e suas implicações

O laudo pericial, elaborado por Roosevelt Alves Fernandes Leadebal Junior, destaca que a minuta encontrada na casa de Torres compartilha “compatibilidade substancial de conteúdo e estrutura” com uma versão digital cujos detalhes estão formalmente registrados. Os advogados de Torres argumentam que isso evidencia que o documento tratado em tribunal não seria único, mas sim uma “minuta do Google”, acessível para qualquer um que busque essa informação online.

Durante a análise do laudo, o perito também fez uma distinção clara. Segundo seus achados, a minuta encontrada em posse de Torres não é a mesma que o documento mencionado em reuniões tidas por Mauro Cid, o que indica que não há “compatibilidade formal, textual e estrutural” entre os dois. Essa avaliação é crucial para a argumentação da defesa, que busca desvirtuar qualquer acusação que possa associar Torres a planejamentos de ações golpistas.

Provas e depoimentos no cenário judicial

Além do laudo, outra questão relevante que será debatida é a acareação marcada para esta terça-feira (24/6) no Supremo Tribunal Federal. Nesse evento, Torres terá a oportunidade de confrontar outros envolvidos, incluindo Freire Gomes, que afirmou que o ex-ministro participou de uma reunião sobre a minuta golpista. A defesa de Torres nega essa participação e está determinada a provar a inocência do ex-ministro.

No contexto desses depoimentos, é importante mencionar que, em uma decisão emitida no dia 17, o ministro Alexandre de Moraes ordenou que o Google informasse os dados de quem publicou a minuta na internet. Esta decisão surgiu como parte dos esforços para esclarecer a origem e a disseminação do documento, que, segundo a defesa, é facilmente acessível por qualquer pessoa que faça uma simples pesquisa online.

Depoimentos e reações

O próprio Anderson Torres, durante seu depoimento ao STF, afirmou não ter recordação do recebimento da minuta, fazendo uma piada com a situação ao denominá-la como uma “minuta do Google”. Esse tipo de resposta, embora humorística, também reflete a estratégia da defesa em minimizar a importância do documento no caso.

Uma das exigências impostas a Torres é a apresentação de uma prova pericial que demonstre que a minuta acessada online não possui similaridade com outros documentos que estão sendo usados como evidências de uma trama antidemocrática. A defesa apresentou esse laudo na segunda-feira (23/6), que, segundo os advogados, fortalece a posição de Torres na Ação Penal 2.668, na qual ele é acusado junto com outras seis pessoas, incluindo Bolsonaro.

O futuro do processo e as implicações legais

O desfecho desse caso será igualmente significativo, não apenas para Torres, mas para o panorama político do Brasil, uma vez que envolve questões de ordem democrática e liberdade de expressão. A forma como as instâncias legais endereçarão esses documentos e as teses apresentadas pela defesa e pela acusação poderá influenciar a confiança pública nas instituições judiciárias e legislativas.

Conforme o processo avança, a atenção do público e da mídia se volta para as decisões que serão tomadas e pelas consequências que elas terão para todos os envolvidos. Como o caso continua a se desenrolar, a análise e o debate público sobre a natureza da minuta do golpe e suas repercussões continuarão a ser temas centrais nas discussões políticas brasileiras.

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