Nesta quarta-feira, 19 de junho, feriado que celebra a libertação dos escravizados nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump utilizou sua conta na Truth Social para fazer uma crítica que repercutiu negativamente. Sem fazer menção à data, Trump afirmou que há “muitos feriados que não são dias de trabalho nos EUA” e que isso “precisa mudar se quisermos fazer a América grande novamente”.
Reação à postagem de Trump no contexto do Juneteenth
A postagem do ex-presidente foi alvo de críticas de vários setores na internet. O deputado democrata Eric Swalwell questionou por que Trump escolheu exatamente o dia do Juneteenth para essa manifestação, considerando-o uma das várias “feriados não trabalhistas” reconhecidos pelos americanos.
Alguém descreveu a postagem como “coisa de vilão de desenho animado”, enquanto outro usuário ironizou, dizendo que “é engraçado vir de alguém que sai do trabalho às quintas para passar três dias jogando golfe”.
Repercussão e análises
Jemele Hill, conhecida colunista esportiva, criticou a postura de Trump ao afirmar que sua capacidade ou falta dela de entender o “clima” político e social é evidente. Uma seguidora comentou que o feriado do Juneteenth não tem caráter político ou “woke” (consciente políticamente), mas sim é uma simples comemoração do fim da escravidão, e que a incapacidade de Trump de reconhecer essa importância reforça sua adesão ao padrão do movimento MAGA.
Questionamentos sobre o entendimento de Trump
O silêncio de Trump ao longo do dia também foi notado. Enquanto a Casa Branca emitia uma nota dizendo que o presidente Joe Biden não faria uma proclamação para o feriado, Trump usou o espaço na Truth Social para expressar sua opinião sobre os feriados, o que foi visto por muitos como uma demonstração de descompasso com a data e seu significado civilizacional.
Impacto e futuras interpretações
Especialistas avaliam que a postura de Trump reflete uma continuidade na sua estratégia de apresentar uma narrativa antagonista aos feriados que representam avanços civis e sociais. A controvérsia aprofunda o debate sobre a influência de figuras públicas na percepção de datas históricas e seu impacto na cultura política dos EUA.
A discussão continua nas redes sociais e entre analistas políticos, destacando a maneira como líderes polarizam o debate sobre história, memória e identidade nacional. Como a polarização deve seguir influenciando esse tipo de episódio, o momento exige reflexão sobre o papel da comunicação pública na construção de uma sociedade mais consciente de seu passado e de seus valores democráticos.
