O cantor Grammy Rod Stewart declarou nesta semana que não mantém mais amizade com o ex-presidente Donald Trump, devido ao apoio contínuo de sua administração à ofensiva militar israelense em Gaza, que já causou a morte de mais de 55 mil palestinos desde outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A denúncia veio durante entrevista ao Radio Times, onde Stewart também criticou líderes britânicos e israelenses pelo conflito.
Rod Stewart critica apoio de Trump à guerra em Gaza
Questionado se ainda considerava Trump um amigo, Stewart foi enfático: “Não, não posso mais”, afirmou. “Enquanto ele continuar vendendo armas para os israelenses — e ele ainda o faz — como essa guerra vai acabar? E precisamos parar de vender armas também”, afirmou o artista. “O que Starmer disse ontem? Que os talks comerciais foram interrompidos? Que diferença isso vai fazer?”, questionou, demonstrando sua frustração com a passividade das lideranças.
Condenação do ataque de Netanyahu
O músico também descreveu a ação do líder israelense Benjamin Netanyahu como um genocídio semelhante ao sofrimento dos judeus na história. “O que Netanyahu está fazendo aos palestinos é exatamente o que aconteceu com os judeus. É aniquilação, e tudo que ele quer é se livrar deles”, declarou Stewart. “Como alguém consegue dormir à noite sabendo disso?”, completou.
Histórico de críticas e posicionamentos políticos de Stewart
Esta não é a primeira vez que o cantor manifesta críticas a Trump. Em 2016, declarou que o ex-presidente não tinha perfil “presidencial”, e em 2020 chamou Trump de “prick” após sua saída do Acordo de Paris, além de ridicularizá-lo em show na última year, onde zombou do tom de bronzeado de Trump, que chamou de “laranja”. Segundo Stewart, a relação com Trump teve começo amistoso — ele chegou a frequentar festas natalinas do então empresário —, mas mudou radicalmente após a chegada de Trump ao poder.
Implicações e engajamento político
Além de sua postura criticamente firme contra Trump, Stewart também é reconhecido por seu ativismo político e ações solidárias. Em 2017, arcou com as despesas de viagem de crianças com deficiências que protestavam contra cortes no Medicaid promovidos pelo governo republicano, reforçando sua postura de pai e cidadão engajado. “Não sou nem de esquerda nem de direita, mas sou pai”, afirmou na ocasião.
Durante o conflito em Gaza, Stewart afirmou que a postura do ex-aliado não reflete seus valores e que requer uma mudança urgente na postura internacional, especialmente no que diz respeito à venda de armas e ao apoio político às ações militares de Israel.
Impacto e futuro de sua posição
A declaração de Stewart reforça o peso crescente das vozes de figuras públicas na condenação de ações militares e políticas que geram massacres civis e violam direitos humanos. Segundo analistas, sua posição pode inspirar outros artistas e personalidades a se unirem a causas humanitárias.
Para Stewart, a reflexão é clara: “Alguém precisa fazer algo. Não podemos ficar parados enquanto vores se exterminam. Meu sentimento é esse — e não vou mais apoiar quem apoia essa guerra.”