Brasil, 11 de setembro de 2025
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Governo Lula se prepara para Medida Provisória que visa reduzir aumento na conta de energia

Governo Lula apresenta Medida Provisória para conter aumento na conta de luz após confrontos no Congresso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prestes a enviar uma Medida Provisória (MP) ao Congresso, em resposta à recente reinserção de jabutis na Lei das Eólicas Offshore. Essas alterações resultaram em um impacto indesejado na conta de energia, aumentando o custo para os consumidores. Isto ocorre em um momento em que o governo busca alternativas para mitigar um rombo orçamentário que, se nada for feito, poderia atingir R$ 35 bilhões anualmente. Por meio da MP, a expectativa é que esse valor possa ser reduzido para R$ 11 bilhões.

Aumento da conta de energia e as medidas a serem adotadas

O cenário atual se complica pela obrigação imposta pelo Congresso ao governo para que contrate fontes de energia consideradas caras e obsoletas, levando a um encarecimento da conta de luz. A MP que está sendo elaborada tenta limitar essas exigências, estabelecendo um limite de 3.000 MW para a compra de energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), em contraste com os 6.900 MW propostos anteriormente pelo Legislativo. Essa mudança é parte da estratégia do governo para cortar custos e proteger os consumidores de tarifas mais elevadas.

Fontes dentro do governo afirmam que já foram capazes de conquistar uma vitória modesta. O projeto original, que havia sido aprovado no Congresso, previa um impacto financeiro de R$ 65 bilhões. Graças à manutenção de alguns vetos do presidente Lula durante as negociações, esse montante foi reduzido para R$ 35 bilhões. Agora, a prioridade será diminuir ainda mais essa cifra com os novos ajustes que estão sendo propostos.

Desafios e negociação política

Conforme revelado por interlocutores do Planalto, a batalha não está apenas na aprovação da MP, mas em conseguir que o impacto nas contas de luz caia para os R$ 11 bilhões estipulados na proposta. O governo enfrenta a pressão constante do Congresso, onde o Centrão desempenha um papel crucial nas negociações. O blocos de partidos chegou a ameaçar o governo, sugerindo que, caso não aceitassem pautar os vetos do presidente Lula, fariam um movimento para descartar toda a decisão do Executivo.

A última sessão do Congresso trouxe à tona a tensão existente, onde os vetos não estavam inicialmente previstos no acordo, mas foram incluídos sob pressão das lideranças do Centrão. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foi central nessa pauta.

Expectativas quanto à nova Medida Provisória

Com a pressa em fechar o texto da MP, o governo está determinado a apresentá-la até o final do mês de junho. Discussões estão ocorrendo entre o líder do governo e representantes do Centrão, buscando um consenso que permita a redução do impacto financeiro nas contas de luz dos brasileiros. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) é uma das figuras-chave nessas deliberações.

Além disso, nesta segunda-feira (23/6), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), se reuniu com o presidente Lula para discutir não apenas a MP, mas também a tensão existente entre a pasta e o presidente do Senado. As disputas se concentram também na indicação de cargos em agências reguladoras, refletindo um jogo de poder que pode influenciar a eficácia das políticas energéticas do país.

As próximas semanas serão decisivas para o governo Lula, que busca garantir uma solução favorável para a população brasileira e evitar que o custo de vida aumente ainda mais em um momento de desafios econômicos e sociais. A Medida Provisória, se aprovada, poderá trazer alívio para os consumidores, mas a intensidade da luta política e as pressões do Congresso continuam a ser um grande obstáculo para a administração atual.

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