A Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), está intensificando as ações do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH). Com o foco em prevenir a raiva em animais de produção e minimizar os prejuízos econômicos e sanitários no setor agropecuário, essa iniciativa se torna cada vez mais essencial para a segurança alimentar e a saúde pública no estado.
Importância da vacinação para o controle da raiva
De acordo com Dário Magalhães, coordenador do PECRH, a vacinação dos herbívoros, como bovinos, caprinos, ovinos e equídeos, é a ação mais crucial no combate à raiva. “A vacinação continua sendo a medida mais eficaz para evitar casos de raiva nos rebanhos, protegendo a saúde animal e, consequentemente, a saúde pública”, destacou. O PECRH realiza campanhas de vacinação em várias regiões do Piauí, permitindo que os produtores tenham fácil acesso a este serviço vital.
Ações de controle populacional
Além da vacinação, a Adapi desenvolve ações para controlar a população do principal transmissor da raiva: o morcego hematófago. Este trabalho é realizado com cautela, respeitando o equilíbrio ambiental. A captura dos morcegos é feita em áreas como currais, onde os animais são utilizados como iscas, ou em abrigos como cavernas e casas abandonadas. A pasta vampiricida é aplicada nos morcegos capturados, garantindo sua segurança antes de serem devolvidos à natureza. Nos últimos dois anos, mais de 400 morcegos foram tratados nesse processo, resultando em uma notável redução dos ataques a animais de produção.
Educação sanitária e conscientização do produtor rural
Uma componente vital do PECRH é a educação sanitária, promovida através de palestras, reuniões e programas de rádio. Essas atividades têm como objetivo informar produtores e trabalhadores rurais sobre a importância da vacinação e os riscos da raiva. A Adapi enfatiza a necessidade de os produtores estarem vigilantes quanto a sinais neurológicos em seus rebanhos, como salivação excessiva, incoordenação motora e isolamento dos animais. Caso qualquer um desses sinais seja observado, é fundamental comunicar imediatamente a Adapi.
Respostas rápidas e monitoração contínua
A Adapi prioriza o atendimento às notificações de suspeita de raiva. Em caso de confirmação da doença, ações de bloqueio são implementadas na região, com intensificação da vacinação e monitoramento das propriedades vizinhas para evitar a proliferação da doença. A agência mantém um banco de dados atualizado sobre a fauna hematófaga, realizando monitoramento constante dos habitats naturais e artificiais dos morcegos, a fim de assegurar um controle efetivo.
Produtores são incentivados a informarem a Adapi sobre qualquer aumento anormal nos ataques por morcegos ou se identificarem animais com sintomas suspeitos. Em situações de emergência, a comunicação pode ser feita por meio do WhatsApp (86) 9 9462-1644. Também é importante ressaltar que tocar em morcegos caídos não é recomendado, pois isso pode representar riscos à saúde.
Com estas ações, a Sada e a Adapi não apenas protegem a saúde dos rebanhos, mas também promovem uma agropecuária mais sustentável e segura para todos. A colaboração dos produtores é vital nesse processo, e juntos, é possível reduzir os riscos e garantir a saúde dos animais e de todos os que dependem deles.
Saiba mais sobre o programa e suas ações através do site da Adapi. No combate à raiva, a união de esforços é decisiva para o sucesso das iniciativas.
