Um atentado terrorista na Igreja de Santo Elias, localizada em Damasco, Síria, resultou na morte de pelo menos 25 pessoas e deixou 63 feridas durante uma missa vespertina no dia 22 de junho de 2025. O ataque, realizado por homens-bomba durante um momento de oração, gerou condenações globais e expressões de solidariedade por parte de líderes religiosos e autoridades. O Patriarcado greco-ortodoxo de Antioquia, localizado no Oriente Médio, lamentou a tragédia e declarou que continua a coleta de restos mortais dos “mártires” da fé.
A tragédia nas palavras do Patriarca
O Patriarca Yohanna X, líder da Igreja greco-ortodoxa, manifestou a dor da comunidade com um contundente comunicado. Ele afirmou: “No dia em que nossa Igreja de Antioquia comemora todos os santos de Antioquia, levantou-se nesta noite a mão traiçoeira e ceifou nossas almas, juntamente com as almas de nossos entes queridos que tombaram como mártires.” A declaração foi recebida com grande tristeza por cristãos em todo o mundo, refletindo o impacto devastador do ataque.
Contexto do ataque
A Igreja de Santo Elias, situada no bairro Tabbalah, foi alvo de disparos iniciais que rodaram na confusão antes da entrada dos atacantes. Pelo menos dois homens-bomba, armados com cintos explosivos, invadiram a igreja durante a celebração religiosa, onde muitas famílias estavam presentes. Assim que os bombas foram detonadas, o pânico se espalhou entre os fiéis, resultando em cena de horror e luto coletivo.
Testemunho de sobreviventes
Laure al Nasr, uma das sobreviventes do ataque, compartilhou sua experiência em vídeo pelas redes sociais. Ela descreveu o momento aterrorizante onde seu marido e um irmão tentaram impedir o atentado: “Os tiros atingiram primeiro as janelas da igreja, assustando todos. Quando o agressor entrou, eu vi meu marido e meu cunhado despedaçados. Eles tentaram salvar a todos, são mártires da nossa Igreja.” Sua história, repleta de dor, humaniza a tragédia e destaca a bravura diante da adversidade.
Reações do governo sírio
O ataque foi prontamente condenado pelo governo sírio, que identificou os responsáveis como sendo ligados ao grupo terrorista do Estado Islâmico. A única ministra cristã do governo, Hind Aboud Kabawat, visitou o local em uma demonstração de apoio à comunidade atingida, reafirmando a harmonia e unidade entre várias religiões do país. O presidente sírio, Ahmad al-Sharaa, enfatizou em sua declaração que todos os envolvidos no ato criminoso seriam responsabilizados.
A solidariedade da comunidade
A comoção gerada pelo atentado se espalhou pelas redes sociais e várias comunidades religiosas se uniram em apoio às vítimas. Coletas de doações, tanto financeiras quanto de sangue, foram promovidas nos hospitais locais onde os feridos estavam sendo tratados. Comentários de líderes de outras religiões que expressaram seu pesar e apoio à comunidade cristã também tomaram destaque. Os ministros alocaram tempo para visitar os feridos e confortar suas famílias.
Um chamado à paz
A mensagem do Patriarcado greco-ortodoxo também incluiu um apelo à responsabilidades das autoridades locais sobre a proteção dos cidadãos e dos lugares de culto. O lamento final foi uma reflexão sobre como, em todo o Oriente Médio, as forças do terrorismo parecem querer acelerar um fim doloroso para a paz e a convivência entre diferentes culturas e credos.
O ataque à Igreja de Santo Elias não apenas fere uma comunidade, mas também atinge a todos que defendem os valores da paz e da dignidade humana. O chamado à unidade diante do terror ressoa mais forte do que nunca, mostrando que a humanidade deve permanecer firme contra os desafios que ameaçam sua coesão.
As repercussões do ataque ainda são sentidas, e a luta pela paz continua a ser um dos principais objetivos para todos os povos que habitam a região. A solidariedade é uma resposta eficaz contra a intolerância e a brutalidade.