A situação da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, desaparecida desde a queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, se agrava a cada dia. Após três dias de buscas, sua família denunciou que os esforços de resgate foram novamente interrompidos devido às péssimas condições climáticas. A jovem que estava mochilando pela Ásia e havia compartilhado suas aventuras nas redes sociais, agora enfrenta uma luta desesperada pela sobrevivência.
Condições adversas complicam as buscas
As buscas foram suspensas na tarde deste domingo (22), às 16h do horário local, por conta da neblina intensa que tomou conta da região. De acordo com informações passadas pela família, os socorristas estavam a apenas 350 metros de Juliana, mas decidiram recuar. “Eles avançaram apenas 250 metros ao longo de um dia inteiro”, lamentou a irmã de Juliana, Mariana Marins, em uma postagem comovente nas redes sociais.
Mariana também fez várias críticas à abordagem das autoridades indonésias sobre o resgate de Juliana, enfatizando a negligência em não suspender as atividades turísticas na área enquanto as buscas não conseguissem alcançar sua irmã. “Nós não sabemos o estado de saúde dela! Ela está sem água, comida e agasalhos há três dias!” exclamou Mariana, ressaltando a urgência na necessidade de ajuda.
Versões contraditórias sobre o resgate
A situação se complicou ainda mais quando a família de Juliana se manifestou acerca de informações contraditórias que circularam na mídia. A Embaixada do Brasil na Indonésia havia afirmado que a equipe de resgate havia conseguido entregar suprimentos básicos à jovem, mas Mariana contestou essa narrativa, afirmando que as informações eram falsas e que o resgate não havia conseguido chegar até ela.
“Eles não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não eram longas o suficiente e a visibilidade estava baixa”, disse Mariana. O pai de Juliana, Manoel Marins, também criticou a falta de apoio da Embaixada brasileira. “A embaixada não está dando apoio algum. Minha filha está sozinha há mais de 36 horas e ninguém parece se importar”, desabafou ele, insistindo na necessidade de um envolvimento mais ativo das autoridades brasileiras.
A trilha e o acidente
Juliana Marins estava em uma trilha com um grupo de cinco turistas e um guia, capturando a beleza do Monte Rinjani, que se eleva a mais de 3 mil metros de altura. Seu acidente ocorreu na madrugada de sábado (21), quando ela escorregou e caiu cerca de 300 metros. O grupo continuou a subida, deixando Juliana temporariamente sozinha, o que gerou controvérsias sobre a responsabilidade do guia que deveria acompanhá-la.
Turistas que passavam pela trilha posteriormente conseguiram localizá-la utilizando um drone, fato que trouxe alguma esperança à sua família. Imagens da jovem caída foram divulgadas, aumentando a preocupação entre aqueles que a acompanham nas redes sociais e na vida pessoal.
Quem é Juliana Marins?
Natural de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, Juliana é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalha como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela estava realizando um mochilão pela Ásia, tendo visitado países como Filipinas, Vietnã e Tailândia. Nas redes sociais, Juliana compartilhava registros de sua viagem, expressando seu amor pela aventura e a cultura local.
Atualmente, amigos e familiares aguardam ansiosamente por notícias concretas sobre Juliana, enquanto a situação se torna cada vez mais crítica. Não só a experiência dela como mochileira está em jogo, mas também sua saúde e segurança.
Próximos passos e esperança
A expectativa permanece alta entre sua família e amigos, que não perdem a esperança de que o resgate seja retomado em breve. Mariana, em suas declarações, enfatizou a urgência de reiniciar as buscas e afirmou que ainda há recursos de tecnologia, como drones térmicos, que podem auxiliar na localização da jovem.
O desfecho dessa história ainda é incerto e a comunidade se une em preces e bons pensamentos na esperança de que Juliana Marins retorne em segurança. A situação ressalta a importância de ações coordenadas e imediatas em situações de emergência e a necessidade de maior apoio e comunicação entre as autoridades competentes e as famílias em casos de resgate. Assim, todos permanecem atentos aos desdobramentos dessa trágica história.