Brasil, 23 de junho de 2025
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Greve dos professores no DF chega à quarta semana sem avanços

A greve dos professores da rede pública do DF completa quatro semanas; categoria pede reajuste salarial e reestruturação da carreira.

A greve dos professores da rede pública do Distrito Federal (DF) completou sua quarta semana nesta segunda-feira (23) sem sinais de avanços significativos nas negociações entre a categoria e o governo local. O movimento, que teve início em 2 de junho, tem como principais reivindicações o reajuste salarial de 19,8%, a reestruturação da carreira e a nomeação de profissionais aprovados em concurso público.

Motivações da greve

Os professores argumentam que a necessidade de um reajuste salarial é urgente, considerando que os altos custos de vida impactam diretamente em suas condições financeiras. Além disso, a reestruturação da carreira é vista como fundamental para garantir uma melhor progressão e valorização do trabalho docente. Os educadores pleiteiam ainda que o tempo de serviço de professores contratados temporariamente seja considerado ao serem efetivados, bem como a ampliação dos percentuais de aumento a cada mudança de padrão, e um reconhecimento substancial das formações acadêmicas, como especialização e mestrado.

Posicionamento do governo

Em resposta às reivindicações, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou que pretende cortar o ponto dos professores em greve. Em uma declaração pública no dia 11 de junho, ele afirmou que “nós vamos fazer corte de ponto e ver quantos dias eles vão aguentar com corte de ponto”. Além disso, garantiu que não haverá reajuste salarial para quaisquer categorias do funcionalismo público em 2025, citando razões de “equilíbrio fiscal”.

Conflitos durante as manifestações

O clima de tensão aumentou durante a greve, especialmente durante uma marcha realizada pelos professores até a sede da Secretaria de Educação, após uma assembleia. Durante o ato, a Polícia Militar usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes, que alegaram estar tentando acessar o prédio para apresentar suas demandas. O Ministério Público do DF iniciou investigações sobre a conduta da PM durante a ação, buscando entender as razões para a utilização de força contra os professores.

Próximos passos da categoria

A próxima assembleia dos professores está marcada para terça-feira (24). Os participantes discutirão o andamento das negociações e decidirão se a greve continuará. Neste contexto, a tensão permanece alta, especialmente com a possibilidade de novos cortes de ponto e sanções judiciais contra o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). Este sindicato recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) considerar a greve abusiva e autorizar multas ao sindicato.

Expectativas para o futuro

Os professores esperam que a próxima reunião traga respostas mais claras sobre a negociação com o governo. A continuidade da paralisação poderá depender diretamente da disposição do governo em dialogar e buscar soluções que atendam às necessidades da educação pública no DF. Enquanto isso, a comunidade escolar permanece dividida, com algumas vozes apoiando a greve e outras preocupadas com o impacto prolongado das paralisações na educação dos alunos.

O que está em jogo não é apenas o salário, mas a qualidade da educação oferecida aos estudantes e o reconhecimento do valor dos professores na formação das novas gerações. A esperança é que um entendimento seja alcançado em breve, em prol tanto dos educadores quanto dos alunos que dependem de uma educação pública de qualidade.

Enquanto aguarda as decisões futuras, a categoria demonstra união e determinação em suas reivindicações, cientes de que a luta por melhores condições é uma responsabilidade compartilhada entre educadores, alunos e sociedade.

Leia mais sobre a greve dos professores no g1 DF

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