Durante o programa Jimmy Kimmel Live, o apresentador destacou como o presidente Donald Trump costuma recorrer ao atraso nas decisões, uma tática que ele chama de “ultimato final”. Esta semana, Trump voltou a usar esse método ao decidir sobre uma possível intervenção militar no Irã, ao dizer que daria uma resposta em duas semanas, prazo que se repete frequentemente com outros compromissos não cumpridos.
A estratégia de “stall for time” de Trump
Segundo Kimmel, a manobra do presidente envolve fazer ameaças ou promessas, sempre vinculadas a um prazo de duas semanas. “É sempre duas semanas”, afirmou o apresentador, ressaltando que, apesar do catchphrase “You’re fired” (Você está demitido), Trump tende a prolongar os prazos pelo dobro do tempo ou mais.
Para ilustrar a prática, Kimmel exibiu um vídeo que compila promessas feitas por Trump ao longo dos anos, todas com o compromisso de agir em duas semanas. Entre elas, a assinatura de um novo plano de saúde, que ainda não foi concretizado, mesmo após passar mais de dois anos desde a promessa feita em julho de 2020.
Promessas de campanha e seus “dois semanas”
No próprio vídeo, Trump promete ações rápidas, que nunca se materializam, reforçando a tática de atrasos constantes na implementação de suas propostas. “Ele gosta de ameaçar e adiar, sempre com a esperança de ganhar tempo para manipular os resultados”, comentou Kimmel.
Este comportamento não é exclusivo das questões de política externa; ele também se aplica à agenda doméstica, deixando o público e os aliados muitas vezes na expectativa de ações que não acontecem dentro do prazo prometido.
Implicações dessa tática na política americana
Especialistas afirmam que esse padrão de procrastinação prejudica a credibilidade de Trump e cria um ambiente de insegurança institucional. “A estratégia de adiar decisões torna difícil para outros planejarem ou confiantes na capacidade do governo de agir de forma definitiva”, explica a analista política Maria Costa.
Entretanto, para os apoiadores de Trump, essa abordagem é vista como uma tática de negociação e resistência às pressões externas, embora muitos críticos considerem que ela reflete insegurança e falta de compromisso real.
Próximos passos e avaliação pública
Ao que tudo indica, essa rotina de promessas vazias ainda deve marcar o ciclo político do ex-presidente. Vivemos em uma era em que a paciência do público é testada continuamente por ações que parecem nunca sair do papel, fortalecendo a percepção de que Trump gosta de deixar tudo em aberto — pelo menos por enquanto.