Neste domingo, 22 de junho, a 23ª edição da Maratona do Rio chegou ao seu fim, coroando quatro dias de provas e um público que fez história. Com 60 mil inscritos, o evento teve um aumento de 33% em relação à última edição, que contou com 45 mil participantes. Além disso, a programação deste ano foi marcada por um verdadeiro festival do esporte, da cultura e de um estilo de vida saudável.
Aquecimento e inovações
O primeiro dia do evento foi dedicado à retirada de kits. Para os corredores mais ansiosos, a “largada” ocorreu no dia 18 de junho, com a contagem regressiva já em andamento. O dia 19 trouxe uma prova de 5 quilômetros, que recebeu 8 mil corredores. Este evento não apenas serviu como uma introdução para novatos, mas também como um aquecimento para os apaixonados pela corrida.
Desafios e conquistas
No segundo dia, 20 de junho, a prova de 10 quilômetros teve 12 mil inscritos, com destaque para a colombiana Laura Espinosa, que se consagrou tricampeã ao quebrar seu próprio recorde, completando o percurso em 34 minutos e 32 segundos. As brasileiras também brilharam, com Jenifer do Nascimento e Larissa Marcelle Moreira Quintino, terminando em 34 minutos e 40 segundos, e 35 minutos e 01 segundo, respectivamente. Entre os homens, Wendell Jeronimo liderou, conquistando a vitória com 29 minutos e 22 segundos.
Recorde de inscrições e performances
O terceiro dia, que abrigou a prova mais longa de 21 km, atraiu 25 mil corredores, partindo do Leblon e terminando no Aterro do Flamengo. A queniana Winnie Jepkosgei Kimutai fez história ao vencer com 1h7min50s, estabelecendo o melhor tempo feminino em solo brasileiro. A brasileira Franciane dos Santos Moura ficou em segundo lugar, completando o percurso em 1h16min34s.
Na categoria masculina, o etíope Bayelign Teshager venceu com 1h02min50s, enquanto Fábio Jesus Correia, que liderou a maior parte da corrida, terminou em quarto.
O grande dia da maratona
Finalmente, no domingo, teve lugar a prova mais esperada: a Maratona do Rio. Com largada às 5h, 15 mil corredores alinharam-se para a disputa. No masculino, o queniano Joshua Kogo foi o grande vencedor, cruzando a linha de chegada em 2h14min18s. O atual recordista, Joshpat Kiprotich, ficou em segundo, enquanto o brasileiro Justino Pedro da Silva, bicampeão de 2020 e 2021, completou a prova em terceiro, com 2h19min35s.
No feminino, a etíope Zinash Debebe Getachew foi a campeã, completando os 42 km em 2h34min58s, e a brasileira Amanda Aparecida de Oliveira garantiu o segundo lugar com 2h39min45s.
Impacto econômico da maratona
Não se pode falar da Maratona do Rio sem considerar seu impacto significativo na economia carioca. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto da Fecomércio (IFec RJ), a edição anterior de 2024 teve um impacto econômico aproximado de R$355 milhões e gerou mais de 2.800 empregos diretos e indiretos. Com a edição de 2025 totalizando 60 mil inscritos, a expectativa é de que os números de impacto possam ser ainda mais impressionantes.
A maioria dos participantes, cerca de 85%, veio de fora do Rio de Janeiro, o que ressalta a importância do evento não apenas para atletas locais, mas também como um atrativo turístico.
Assim, a Maratona do Rio se consolida como um ponto de referência no calendário esportivo brasileiro, promovendo um estilo de vida ativo e saudável e reforçando o potencial econômico e turístico da cidade.
