JoJo Siwa, conhecida por sua trajetória na cultura pop e por sua história de autodescoberta, abriu um debate importante ao falar sobre a “pressão” de se rotular como lésbica. Em entrevista à revista Daily Mail, ela explicou que, embora tenha se identificado anteriormente como lésbica, tem percebido que sua orientação sexual é mais fluida e que o uso de termos específicos muitas vezes vem de expectativas externas.
O processo de autodescoberta e a fluidez na sexualidade
Desde sua revelação em 2021, JoJo utilizou inicialmente o termo “gay” como uma descrição mais abrangente de sua orientação, incluindo também o conceito de queer. “Sempre digo gay ou queer porque acho que cobre tudo”, afirmou em entrevista à People. JoJo também disse que tecnicamente é pansexual, declarando que seu “humano é seu humano”.
A artista tem sido, muitas vezes, alvo de especulações sobre sua orientação, chegando a gerar manchetes por não gostar do termo “lesbiana”. Durante sua participação no reality Big Brother neste ano, ela reforçou sua identidade como alguém “quente, queer”, e recentemente revelou uma compreensão mais flexível de sua sexualidade, dizendo que se sente mais confortável em se identificar como “queer”.
A influência da pressão social e a biphobia no espaço LGBTQ+
JoJo comentou que, ao longo de sua trajetória, sentiu que a pressão interna e externa a incentivou a se enquadrar em uma caixa. “Senti a necessidade de me rotular de uma forma para agradar ou parar de explicar a minha verdade”, ela revelou. Ela reconhece que, muitas vezes, essa pressão vem também de dentro da comunidade LGBTQ+, onde a biphobia ainda é uma realidade persistente.
Especialistas explicam que a biphobia, ou o preconceito contra pessoas bissexuais, é comum no próprio espaço queer. Segundo estudos, a **”bifobia”** se manifesta na deslegitimação de identidades além do binarismo, levando muitos a se sentirem obrigados a se enquadrar em rótulos fixos para serem aceitos.
O impacto da rotulação e o questionamento sobre o julgamento social
Questionada sobre a ideia de que seu posicionamento pode ser uma estratégia de marketing ou uma tentativa de se encaixar em uma narrativa, JoJo esclareceu que sua principal intenção é a autenticidade. “Cada pessoa tem sua jornada, e meu objetivo é ser fiel a mim mesma, sem me preocupar tanto com o que os outros esperam”.
Seu relato reforça o quanto a sociedade ainda precisa evoluir para aceitar a fluidez na sexualidade e combater a biphobia. Além disso, ela abordou o recente descompasso geracional, como a complexidade de identificar-se em um mundo onde as expectativas não param de mudar.
O debate sobre identidade, idade e liberdade de expressão
JoJo também chamou atenção para a diferença de quase 11 anos entre ela e seu atual namorado, Chris Hughes, apontando que a questão da idade não deve ser um obstáculo para relacionamentos baseados na autenticidade. “As pessoas querem julgar, mas o que importa é o amor e a felicidade”, afirmou.
Seu posicionamento reforça a necessidade de uma discussão mais aberta e menos julgadora sobre as escolhas individuais, reafirmando que a sexualidade é uma questão pessoal e que a sociedade precisa parar de tentar limitar ou rotular de forma rígida.
Perspectivas futuras e o papel da representatividade
Como influência na cultura pop, JoJo Siwa simboliza uma geração que luta por visibilidade e aceitação. Sua coragem ao falar sobre suas dúvidas e fluididade pode ajudar outros jovens a se sentirem mais livres para explorar suas próprias identidades sem medo de julgamento ou pressão social.
Enquanto isso, o combate à biphobia e a promoção do entendimento sobre sexualidade fluida permanecem essenciais para construir um espaço mais acolhedor na comunidade LGBTQ+. Como JoJo destaca, o mais importante é a autenticidade e o respeito às diferentes jornadas de cada indivíduo.
