Brasil, 22 de junho de 2025
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Estreito de Ormuz: importância global e riscos de bloqueio

Disputas e tensões no Estreito de Ormuz ameaçam o fluxo global de petróleo e gás, elevando riscos de alta nos preços de energia.

O Estreito de Ormuz, ponto estratégico que conecta o Golfo Pérsico ao Mar Arábico, tem uma importância vital para o mercado mundial de energia. Sua localização, estreita e vulnerável, abriga o transporte de aproximadamente 30% do petróleo consumido globalmente, além de um terço do gás natural liquefeito (GNL) que movimenta o planeta.

Por que o Estreito de Ormuz tem importância global?

Com apenas 34 km no ponto mais estreito, essa estreita faixa marítima liga o Irã ao Omã, passando pelo Golfo Pérsico até o Golfo de Omã. Diariamente, 21 milhões de barris de petróleo e derivados atravessam a hidrovia, além de uma quantidade significativa de GNL, de acordo com a Fonte. Essa magnitude de fluxo torna a região sensível e vulnerável a interrupções, elevando o risco de turbulências nos mercados globais de energia.

Importantes países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), como Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque, exportam suas produções através do estreito. Além disso, o Qatar, maior exportador mundial de gás natural liquefeito, envia quase toda sua produção por Ormuz.

Impacto de possíveis bloqueios na hidrovia

Segundo a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA), o Estreito de Ormuz é considerado “o ponto de estrangulamento de petróleo mais importante do mundo”. Como não há rotas alternativas viáveis, qualquer instabilidade na região pode provocar uma alta significativa nos preços do petróleo, além de potencialmente causar choques nos mercados energéticos.

Recentemente, a tensão aumentou após ataques aéreos dos Estados Unidos ao Irã, que deixaram o mercado de petróleo em alerta para um possível aumento nos preços. Além disso, a Shell prepara-se para uma possível interrupção no comércio de petróleo devido ao conflito entre Irã e Israel, elevando ainda mais o nível de cautela na região.

Contexto geopolítico e histórico de tensões

O Estreito de Ormuz costuma ser foco de disputas há décadas, com a presença militar dos EUA na região, incluindo bases e navios da Quinta Frota. Em 1988, um incidente marcou a história: uma fragata americana foi danificada por uma mina iraniana, e posteriormente, forças de Washington destruíram navios e plataformas iranianas em retaliação. Em julho do mesmo ano, um avião iraniano foi abatido por um navio de guerra americano, causando a morte de 290 civis, em uma ação considerada por muitos como um episódio trágico na turbulenta relação entre Teerã e Washington.

Atualmente, a instabilidade é alimentada pelo conflito entre Irã e Israel, além das sanções americanas que endureceram após a retirada dos EUA do acordo nuclear iraniano em 2018. Diante desse cenário, o risco de bloqueios ou ataques na hidrovia mantém o mercado global de energia em alerta constante.

Perspectivas e possíveis consequências

Especialistas avaliam que a continuidade das tensões pode levar a uma alta dos preços do petróleo, impactando economias dependentes de importação de energia. A cada episódio de instabilidade, o mercado sente o efeito, com oscilações que podem superar os 10% no valor do barril.

O governo dos Estados Unidos e aliados continuam monitorando a região, com ações diplomáticas e militares, na tentativa de evitar um bloqueio total que prejudicaria toda a economia mundial. Como alternativa, há debates sobre ampliar rotas de transporte de petróleo, mas atualmente, o fluxo pelo Estreito de Ormuz permanece insubstituível e altamente vulnerável.

Para mais informações, acesse a fonte.

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