Brasil, 22 de junho de 2025
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Influencers reagem a site de fofocas que permite bullying online

Celebridades estão indignadas com o funcionamento do Tattle Life, plataforma que permitiu assédio e bullying contra figuras públicas.

Nos últimos dias, celebridades e influenciadores têm demonstrado indignação após a revelação de que o site de fofocas Tattle Life, conhecido por permitir assédio e trolling online, é operado por Sebastian Bond, um influenciador vegano de 41 anos. O site, que começou em 2017, descreve-se como uma plataforma que comenta sobre contas de mídia social de figuras públicas, mas se tornou um espaço notório para ataques pessoais e abusos.

O impacto do Tattle Life nas celebridades

A modelo Katie Price, uma das vítimas mais proeminentes de bullying neste site, classificou o Tattle Life como “a pior plataforma para trolling”. Ela relata ter enfrentado uma avalanche de comentários cruéis sobre sua aparência, seus relacionamentos e sua vida familiar, especialmente envolvendo seu filho, Harvey, que enfrenta múltiplas deficiências. A luta de Katie para lidar com o conteúdo abusivo postado sobre ela a levou a períodos em hospitais psiquiátricos e, em alguns casos, até a considerar o suicídio.

“O que é postado sobre mim é absolutamente horrendo. O abuso é insuportável, especialmente quando envolve minha família”, desabafou Katie. Ela tem extensos registros de queixas, incluindo documentos pessoais que foram divulgados, prática conhecida como doxing.

A luta legal contra o Tattle Life

A recente revelação sobre a identidade do fundador vem após um marco legal na Irlanda do Norte, onde um casal processou o site, alegando ter sido alvo de abuso e stalking por anos. Neil e Donna Sands, que moveram a ação, relataram que conseguiram ganhar £300.000 em danos, destacando também que mais de mil pessoas fizeram contato com eles, relatando experiências semelhantes no Tattle Life.

Após a visita da BBC ao Google, a empresa confirmou que restringiu os anúncios que apareciam na plataforma, indicando que o Tattle Life poderia estar gerando até £180.000 por ano em receitas de publicidade. A pressão sobre o site aumentou à medida que as vítimas começaram a se unir em suas denúncias, exigindo uma maior responsabilidade online.

A resposta do Tattle Life e a defesa das suas práticas

Em resposta à crescente indignação, o Tattle Life defendeu seu modelo de negócios, afirmando que influenciadores que monetizam suas vidas pessoais devem estar abertos à fiscalização. Entretanto, muitas vítimas discordam, afirmando que as ações do site vão além da crítica e entram no território do abuso sistemático.

A influenciadora Caroline Hirons, que também foi alvo de comentários cruéis, expressou sua preocupação com a ideia de que o site estaria agindo no interesse público. “Isso não é um trolling normal; o site se tornou um lugar onde parece que é aceitável stalkear e assediar pessoas constantemente”, disse Hirons.

Chamados à ação e mudanças propostas

A luta contra a cultura de anonimato em plataformas online ganhou força, e várias influenciadoras sugeriram que a verificação da identidade pudesse ser uma solução. Jen Graham, por exemplo, propôs que os usuários fossem obrigados a fornecer uma forma de identificação para garantir que não pudessem se esconder atrás de uma identidade falsa. “Se eles forem cruéis, devem ser punidos”, afirmou.

A luta de Katie Price para tornar o abuso online um crime específico continua, e ela reafirma que “deveria ser possível rastrear essas pessoas, pois a maioria não diria essas coisas se estivesse usando uma conta com seu nome real”.

A situação atual e o futuro do Tattle Life

Apesar de promessas de melhorias na plataforma, o Tattle Life enfrenta uma pressão crescente para mudar seus modos de operação. A BBC recebeu um comunicado dizendo que a equipe do site estava analisando a situação, mas muitos acreditam que ações mais contundentes são necessárias para proteger as vítimas de bullying online.

O site está sob investigação, assim como diversas outras plataformas digitais, à medida que as novas obrigações de segurança online entram em vigor no Reino Unido. O governo promete tomar ações enérgicas contra sites que não aderirem a essas diretrizes.

Essa crise revela a necessidade urgente de discutir a responsabilidade das plataformas online e sua relação com o bem-estar dos influenciadores e figuras públicas. Conforme a história continua a se desenrolar, a esperança é que mudanças significativas possam ocorrer para proteger indivíduos de abusos silenciosos que costumam ser tolerados nas sombras da internet.

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