Ao longo da história de Hollywood, várias produções envolveram cenas perigosas, acidentes e situações quase insustentáveis para obter o efeito desejado. Entre os exemplos mais conhecidos estão incidentes que marcaram o universo do cinema, mostrando que, antigamente, o risco fazia parte do cotidiano das filmagens.
Filmes clássicos e seus perigos nos bastidores
Judy Garland e jornadas exaustivas
Como menor de idade, Judy Garland foi forçada a trabalhar turnos de até 72 horas, sendo dopada com anfetaminas e soníferos para aguentar a rotina. Essa exploração deixou marcas duradouras em sua saúde, refletindo as condições precárias de alguns estúdios da época. Mais detalhes.
O perigo na criação de Oz
Na produção de “O Mágico de Oz”, Buddy Ebsen, que inicialmente interpretou o Espantalho, sofreu intoxicação por alumínio ao usar a maquiagem metálica, sendo hospitalizado. Além dele, Margaret Hamilton, a Bruxa Má do Oeste, se feriu gravemente com queimaduras de fumaça e fogo, enquanto sua dublê, Betty Danko, ficou tão ferida com uma vassoura de amianto explodida que precisou passar por uma histerectomia. A fumaça de amianto também foi usada como neve falsa em outros clássicos, como “Cidadão Kane” e “É uma Vida Maravilhosa”.
Problemas durante as filmagens de “É uma Vida Maravilhosa”
Embora considerado um dos filmes natalinos mais amados, “É uma Vida Maravilhosa” foi filmado em pleno verão, com a equipe tendo que interromper a produção para tratar casos de exaustão por calor. Essa é apenas uma das dificuldades enfrentadas nos bastidores de produções antigas.
Escaladas e acidentes mais impactantes
Tippi Hedren e os pássaros agressivos
Para gravar a cena da ataque de pássaros em “Os Pássaros”, Tippi Hedren passou cinco dias com aves vivas lançadas contra ela e até amarradas ao seu figurino, em uma experiência traumática. Detalhes
Casos de acidentes graves
Linda Blair e Ellen Burstyn sofreram lesões permanentes na coluna ao realizar cenas perigosas em “O Exorcista”. Malcolm McDowell descreveu a gravação de “Laranja Mecânica” como tortura, com quebras de ribs e danos à visão durante cenas violentas. Nas cenas de luta, atores como Gianni Russo e Bruce Lee também enfrentaram riscos reais, com fraturas e até um participante que quebrou o braço ao tentar segurar Robert Wall, de “Enter the Dragon”.
Riscos na prática de artes marciais e cenas de ação
Sylvester Stallone quase morreu ao lutar duramente em “Rocky IV”, após receber um golpe tão forte que precisou ficar oito dias na UTI por lesões no coração. Burt Reynolds, por sua vez, sofreu uma queda ao realizar uma cena de mergulho em “Deliverance”, ficando inconsciente por causa de uma queda. Bo Derek foi atacada por um leão durante a filmagem de “Tarzan, o Homem Macaco”, sofrendo um corte na altura do ombro.
Atos heróicos e acidentes com stuntmen
Arnold Schwarzenegger foi perseguido por cães na cena do lobo em “Conan, o Bárbaro”, enquanto Michael J. Fox quase morreu ao passar mal na cena do enforcamento em “De Volta ao Futuro Parte III”. Jackie Chan, por sua parte, realizou uma de suas películas mais extremas, deslizando por um poste de vários andares, o que lhe rendeu queimaduras de segundo grau nas mãos. Essas ações mostram que, antigamente, o risco era parte do espetáculo.
Unindo o real ao fantástico
De cenas de luta brutais a acidentes próximos do fatal, o cinema antigo muitas vezes colocava atores e equipe em situações de extremo perigo apenas para criar o efeito desejado na tela. Essa coragem — ou insanidade — revela o quanto o esforço naqueles tempos era incansável e, muitas vezes, extremamente arriscado.
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