Durante um encontro na Vaticano com líderes de 68 países, o Papa Leo destacou a importância de usar a inteligência artificial (AI) de forma ética, sem comprometer a dignidade e os direitos humanos. A reunião ocorreu em 21 de junho de 2025, no contexto do Jubileu dos Governantes, com o objetivo de estimular debates globais sobre temas atuais.
Papa Leo reforça ética na inteligência artificial
O pontífice afirmou que a AI “certamente será de grande ajuda para a sociedade, desde que seu uso não subverja a identidade e a liberdade do ser humano”. Segundo ele, “a AI deve ser uma ferramenta para o bem, não para diminuir ou substituir as pessoas”, declarou. O Vaticano também reforçou que a tecnologia deve servir à humanidade, evitando qualquer uso que possa invalidar a dignidade humana.
O pontífice ressaltou ainda que a inteligência artificial deve estar alinhada aos valores éticos, em consonância com a tradição do direito natural, uma concepção antiga e universal que oferece parâmetros comuns para legislar questões éticas delicadas, como direitos civis e liberdades individuais.
Recomendações para líderes mundiais
No discurso, Papa Leo pediu aos líderes que promovam iniciativas que garantam o bem-estar global e combatam a desigualdade extrema. Ele alertou que a concentração de riqueza em poucos indivíduos é uma das principais causas de conflitos e guerras atuais, defendendo uma atuação mais justa e equilibrada.
Além disso, destacou a importância de proteger a liberdade religiosa e citou São Tomás More, martirizado por defender a primazia da consciência e a liberdade de religião, como exemplo de coragem moral frente a pressões institucionais. Segundo o Papa, a defesa da liberdade de consciência deve ser prioridade na era digital.
Perspectivas para o futuro
O Papa Leo encerrou sua fala reforçando a necessidade de uma abordagem ética para o desenvolvimento da inteligência artificial, ressaltando a conveniência de seguir a tradição da lei natural como referência compartilhada na elaboração de políticas públicas. O pontífice pediu responsabilidade às lideranças globais para que utilizem a tecnologia de modo que ela potencie a dignidade de cada pessoa e contribua para a paz mundial.
Para mais detalhes, consulte a íntegra do discurso.