Brasil, 21 de junho de 2025
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BeeSmart: colmeias robóticas revolucionam a proteção às abelhas

Unidades inteligentes da Beewise monitoram e cuidam das colônias, aumentando a eficiência na preservação das abelhas e a produção agrícola

A startup americana Beewise introduziu uma inovadora colmeia robótica, chamada BeeHome, que utiliza inteligência artificial e tecnologia de ponta para proteger e preservar as abelhas, essenciais para a polinização de milhões de hectares de cultivos nos EUA.

Colmeias robóticas Beewise transformam a apicultura

Com uma estrutura revestida de metal branco e painéis solares, a BeeHome lembra uma instalação industrial moderna. Internamente, dispõe de um scanner de alta tecnologia e um braço robótico alimentado por IA, capaz de realizar tarefas que anteriormente demandavam a atenção exclusiva do apicultor.

Segundo Saar Safra, CEO e cofundador da Beewise, essas unidades substituem “90% do que um apicultor faria no campo”, oferecendo uma vigilância contínua da saúde das colônias em tempo real e entregando notificações instantâneas em caso de problemas, como surtos de ácaros ou falta de larvas.

Redução das perdas e impacto na agricultura

Nos Estados Unidos, o uso de aproximadamente 300 mil BeeHomes tem contribuído para diminuir as perdas de colônias, que tradicionalmente chegam a mais de 40% ao ano, com custos que atingem US$ 600 milhões. As unidades da Beewise atualmente representam uma inovação indispensável na luta contra o declínio das abelhas, que enfrentam ameaças como pesticidas, mudanças climáticas e ácaros transmissores de doenças.

Safra destaca que, após dois furacões no estado da Flórida no ano passado, essas colmeias resistiram e funcionararam normalmente, ao contrário de muitas colmeias de madeira tradicionais, que foram destruídas. A tecnologia oferece até mesmo controle remoto de recursos como alimentação, regulação de temperatura e proteção contra pulverizações de pesticidas.

Dados e segurança das abelhas

Equipadas com câmeras e sistemas de análise de grandes volumes de dados, as BeeHomes avaliam a saúde das abelhas de forma contínua, quase como uma ressonância magnética para colônias. Quando detectam sinais de risco, os apicultores são alertados instantaneamente via aplicativo, possibilitando intervenções rápidas.

Ellis, diretor sênior de agronomia da OFI, comemora os resultados: “As nossas perdas de colônia caíram para cerca de 8%, um número que a tecnologia ajuda a manter sustentável, já que o setor tradicional registra mais de 40% de perdas.”

Expansão e desafios do setor

A ambição da Beewise é expandir sua frota de BeeHomes de 30% para 100% de cobertura em três anos, com o objetivo de alcançar 1 milhão de unidades em operação. Com investimentos recentes de quase US$ 170 milhões, incluindo uma rodada Série D de US$ 50 milhões, a startup pretende transformar a apicultura e garantir a sobrevivência das abelhas, que vitais para a agricultura mundial.

No entanto, a adesão de apicultores tradicionais ainda é incerta, uma vez que o design das colmeias convencionais, com mais de 170 anos, permanece presente na cultura do setor. A resistência à mudança e os custos iniciais podem dificultar a rápida implementação dessa tecnologia de alta eficiência.

Perspectivas para o futuro da proteção às abelhas

Enquanto uma concorrência crescente surge, com empresas desenvolvendo vacinas e sensores para monitoramento, a Beewise aposta na inovação contínua. Segundo Safra, a chave é a combinação de tecnologia avançada e dados suficientes para aprimorar o reconhecimento de padrões e intervenção automática, que podem salvar milhões de abelhas e proteger culturas de alto valor como nozes, pistaches e frutas.

“Estamos em uma corrida contra o tempo”, afirma Safra. “Se não conseguirmos proteger as abelhas, toda a cadeia de alimentos, incluindo o setor de frutas e oleaginosas, estará ameaçada.”

Mais detalhes sobre a tecnologia e os impactos da IA na apicultura podem ser encontrados na reportagem original do O Globo.

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