Brasil, 21 de junho de 2025
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Filha de desaparecido em 2016 transforma dor em força

A filha de Luiz, desaparecido há sete anos, tornou-se psicóloga para ajudar a lidar com a dor e a saudade da ausência paterna.

A história de dor e superação da filha de Luiz, que desapareceu em 2016, ganhou novos contornos com o passar dos anos. Karina Alves de Maio, ex-esposa de Luiz, revelou ao g1 que a filha deles tinha apenas 16 anos quando o pai desapareceu, um acontecimento que marcaria suas vidas para sempre. Com a saudade e o sentimento de culpa ainda presentes, a jovem decidiu transformar sua experiência em uma carreira dedicada a ajudar outros que passam por situações similares.

O impacto do desaparecimento na vida da filha

A dor de perder um pai nunca é fácil, e para a filha de Luiz, essa perda se tornou ainda mais complexa. Segundo Karina, a jovem carregava uma “culpa enorme” por não ter estado com o pai no dia em que ele desapareceu. “Como se, de alguma forma, ela pudesse ter evitado tudo aquilo”, explicou a mãe em entrevista. Essa carga emocional intensa afetou profundamente a jovem, que teve que aprender a lidar com a ausência e a saudade desde muito cedo.

Após anos de sofrimento, ela decidiu que não poderia deixar que essa dor a definisse. A jovem encontrou na psicologia uma forma de ressignificar sua dor e ajudar outros a enfrentarem suas próprias batalhas emocionais. Com isso, ela se formou e agora atua como psicóloga, oferecendo suporte e compreensão a pessoas que buscam lidar com a perda e o luto.

Transformando dor em experiência

O caminho da jovem para se tornar psicóloga não foi fácil. Enfrentando seus próprios demônios, ela buscou terapia e apoio para compreender seus sentimentos em relação ao pai desaparecido. Ao entrar na faculdade, sua intenção era clara: usar sua vivência para ajudar outras pessoas a superarem momentos difíceis.

“Eu sempre quis entender como poder ajudar pessoas que passam por lutos, perdas e dores emocionais. Acredito que, de alguma forma, tenho uma conexão especial com o que muitos passam”, afirma a jovem, agora formada e atuando na área. Sua história de superação não se resume apenas ao título de psicóloga, mas à sua capacidade de ouvir e compreender o outro, características que ela cultiva diariamente em sua prática profissional.

Apoio contínuo em tempos difíceis

O caminho da saúde mental é muitas vezes repleto de obstáculos. Para a filha de Luiz, o ato de se formar em psicologia não apenas marca o fechamento de um ciclo de dor, mas também a abertura de novos caminhos para ajudar aqueles que, assim como ela, carregam questões não resolvidas. A jovem utiliza técnicas que aprendeu em sua formação para auxiliar pessoas que também enfrentam situações de perda e tristeza.

Karina, por sua vez, ressalta a importância desse processo de transformação da dor em força: “Ver minha filha se tornar psicóloga me enche de orgulho. Ela encontrou um propósito onde a dor poderia ter a vencido”. O apoio mútuo entre mãe e filha fortalece ainda mais suas histórias, muitas vezes entrelaçadas pelo sofrimento, mas agora também pela esperança e pela ajuda ao próximo.

Uma nova perspectiva sobre a vida

Hoje, com um olhar mais esperançoso, a filha de Luiz compartilha suas experiências em grupos de apoio e palestras, onde fala sobre como enfrentar a ausência de pessoas queridas. A dor do passado, que por tanto tempo a acompanhou, agora se transforma em combustível para o seu trabalho e atos de solidariedade. Ao transformar sua vivência em aprendizado, ela traz um novo significado para a perda, ajudando muitos a perceberem que, mesmo nas adversidades, é possível encontrar luz e conforto.

O desaparecimento de Luiz marcou a vida de sua família para sempre, mas também gerou uma nova oportunidade de resiliência e força. Por meio da psicologia, sua filha não só se tornou uma profissional capacitada, mas também um farol de esperança para outros que enfrentam realidades semelhantes. Assim, a dor se transforma em amor e compreensão, criando um legado que vai além da perda.

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