A cantora e influenciadora JoJo Siwa admitiu em entrevista recente que sentiu “pressão” para se definir como lésbica, levantando debates sobre a liberdade na expressão da sexualidade e os desafios enfrentados por jovens no espectro LGBTQ+. A artista, que saiu do armário em 2021, atualmente discute a fluidez de sua orientação sexual, reforçando que sua identidade é mais complexa do que os rótulos tradicionais.
JoJo e a origem da sua identificação
Desde que veio à tona, JoJo Siwa utilizou frequentemente o termo “gay” como uma forma abrangente de se referir à sua orientação, embora, oficialmente, tenha declarado ser pansexual. “Sempre disse que meu coração é meu coração”, afirmou a artista à revista People. Em diversos momentos, ela deixou claro sua preferência por utilizar termos como queer ou pansexualidade, refletindo sua visão de uma orientação sexual fluida.
O peso das expectativas e a pressão para rotular
No entanto, na entrevista ao tabloide Daily Mail, JoJo revelou que, ao tentar rotular sua sexualidade, sentiu-se “encaixada” por uma expectativa social e comunitária. “Quando me assumi aos 17 anos, falei que era pansexual porque não queria ser limitada por gênero”, explicou. “Mas, depois, me forcei a dizer que era lésbica por pressão. Essa pressão veio, às vezes, de pessoas próximas, de parceiros e até dentro da própria comunidade LGBTQ+.”
Fluidos, mas rotuláveis?
JoJo afirmou ainda que sua experiência mostra que a sexualidade é fluida e que as pessoas podem se identificar de maneiras diferentes ao longo do tempo. “Acho que a gente fica preso a rótulos que acabam limitando nossa liberdade de expressão”, disse. Essa percepção reforça a ideia de que os rótulos podem, muitas vezes, ser uma armadilha e não representar toda a complexidade do sentimento de alguém.
Desafios e a biphobia na trajetória de JoJo
A história de JoJo também evidencia um problema recorrente na comunidade LGBTQ+: a biphobia e a doble discriminação. Pessoas bissexuais frequentemente enfrentam dúvida e aceitação limitada tanto na sociedade quanto dentro do próprio movimento. “Quando uma jovem como eu diz que é pansexual ou que sua orientação é fluida, há quem diga que ela está confundindo ou que não é legítima”, afirmou ela, destacando como o sistema muitas vezes impõe limites à diversidade de experiências.
Reação à controvérsia e o papel da sociedade
A postura de JoJo Siwa provoca reflexões sobre a sociedade atual, que muitas vezes reforça a necessidade de rotular para a validação ou julgamento. Em meio a críticas, ela reforça que a orientação sexual é uma história pessoal e que deve ser vivida sem pressões externas. “Minha sexualidade é uma jornada, e tudo bem se meu termo mudar ao longo do tempo”, afirmou, reforçando que ninguém deve se sentir obrigado a se encaixar em um rótulo fixo.
O que podemos aprender com a história de JoJo
Em última análise, a trajetória de JoJo Siwa reforça a importância de respeitar a individualidade e a diversidade de experiências dentro da comunidade LGBTQ+. A pressão por se definir de uma maneira ou de outra, muitas vezes, serve para reforçar a necessidade de uma mudança estrutural contra a biphobia e os estigmas relacionados à fluidez sexual. Biphobia ainda é uma realidade, e a discussão é fundamental para promover aceitação plena.
Seus relatos nos lembram de que o mais importante é o respeito às escolhas e ao momento de cada pessoa, livre de julgamentos e imposições sociais.