A participação do Brasil no Campeonato Mundial de Judô, realizado em Budapeste, na Hungria, chegou ao fim nesta sexta-feira (20), marcando um momento importante na trajetória do judô nacional. O país se despediu do torneio com duas medalhas: a prata de Daniel Cargnin na categoria até 73 quilos e o bronze de Shirlen Nascimento na categoria até 57 kg.
Desempenho nas lutas por equipes
A última oportunidade de medalha para a seleção brasileira ocorreu na competição por equipes, onde cada país é representado por seis judocas que duelam em diversas categorias. A vitória é decretada quando uma equipe conquista quatro lutas. O Brasil, infelizmente, foi superado pelo Japão na disputa pelo bronze, enfrentando dificuldades em quatro lutas iniciais, apenas um combate foi vencido, o que deixou claro o domínio japonês na competição, que terminou com 14 medalhas, sendo seis delas de ouro. A Geórgia foi a grande campeã, derrotando a Coreia do Sul na final.
No primeiro duelo, na categoria acima de 90 kg, Leonardo Gonçalves enfrentou Kanta Nakano, mas foi derrotado por ippon, um golpe considerado “perfeito” no judô, que resulta na queda do adversário de costas no tatame. Na sequência, Jéssica Lima, competindo na categoria até 57 kg, não conseguiu superar Momo Tamaoki, que já havia conquistado a prata na disputa individual do Mundial. Continuando, Vinícius Ardina, na categoria até 73 kg, sofreu dois wazaris de Tatsuki Ishihara, que levou o bronze em sua categoria. Por fim, a campeã olímpica Rafaela Silva também não teve sucesso e acabou derrotada por Utana Terada na luta até 70 kg.
Histórico de competição do Brasil
O Brasil começou sua participação no torneio com uma vitória convincente sobre o Cazaquistão, derrotando a equipe adversária por quatro a zero. Contudo, em um embate acirrado, o país perdeu para a Alemanha por 4 a 3, onde as equipes empataram e um duelo extra foi necessário para definir o vencedor. Na repescagem, os brasileiros conseguiram se reerguer e superar a França, que é a atual bicampeã olímpica, por 4 a 1, garantindo assim a chance de lutar novamente pelo terceiro lugar.
Comparado ao mundial do ano passado, realizado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, onde o Brasil não conseguiu conquistar pódios, o desempenho em Budapeste foi um avanço significativo. A equipe mostrou evolução, o que traz esperança, já que a competição ocorre dois meses antes da Olimpíada de Paris, na França. Em 2024, o Brasil tem a expectativa de se destacar, baseando-se nas quatro medalhas obtidas na última Olimpíada: uma de ouro, conquista por Beatriz Souza; uma de prata, por William Lima; e duas de bronze, uma de Larissa Pimenta e outra pela equipe.
Expectativa para o futuro
O bom desempenho em competições como o Campeonato Mundial de Judô é primordial para a construção de se chegar em alta nas Olimpíadas. A comissão técnica e os atletas brasileiros têm a missão de continuar aprimorando suas técnicas e estratégias para trazer mais conquistas no futuro. O judô brasileiro, que já tem uma rica história de medalhas em competições internacionais, espera contar com o apoio do público e das autoridades para alcançar resultados ainda melhores, tanto no cenário nacional quanto internacional.
A jornada do Brasil no judô é uma história de superação e dedicação, e, com as lições aprendidas em Budapeste, o país se prepara para dar seu melhor nas Olimpíadas que se aproximam.
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Para mais detalhes sobre as competições e os resultados, fique atento às atualizações e siga acompanhando o desempenho dos judocas brasileiros em futuras competições.