Na última quarta-feira (18), uma nova polêmica ressurgiu no cenário esportivo brasileiro envolvendo a FIFA e o tão debatido título do Mundial de Clubes. O jornalista esportivo Fábio Sormani, sempre direto em suas análises, não poupou críticas aos clubes brasileiros que, segundo ele, tentam obter o reconhecimento mundial por títulos conquistados de forma controversa. Durante o programa “Opinião Placar”, Sormani abordou o tema a partir de um relatório da FIFA que reacendeu o assunto.
A declaração de Sormani
Com sua postura provocativa, Sormani endereçou uma mensagem clara aos torcedores do Palmeiras e do Fluminense, que reivindicam o reconhecimento de títulos como o da Copa Rio de 1951 e 1952 como campeonatos mundiais. Ele disparou: “Palmeirense, pare de se humilhar querendo reconhecer um torneio que ninguém conhece. O Fluminense também está requisitando 1952. É muita humilhação só para dizer que tem um título mundial… não tem!”. Essa afirmação, como era de se esperar, provocou reações nas redes sociais, dividindo opiniões entre torcedores e especialistas.
A importância do reconhecimento
Sormani reforçou que, ao olhar para a história do futebol, a busca por um reconhecimento justo deve ir além das contestações históricas. Ele enfatizou o fato de que, mesmo tendo um desempenho brilhante ao longo dos anos, clubes como o Palmeiras e o Fluminense ainda não obtiveram o status que desejam. E isso, segundo ele, deveria estimular uma nova abordagem: “Entra no campo, e tenta ganhar. Poderia ter vencido o Manchester (em 1999) se não fosse a arbitragem. Se tivesse VAR, o gol do Alex não teria sido anulado… Então, jogue para ganhar esse mundial e ponto, para encerrar essa conversa”.
Copa Rio: O torneio que deu origem à disputa
Para entender a origem dessa discussão, é fundamental relembrar a história da Copa Rio. Criada em 1950, ela surgiu em um momento delicado do futebol brasileiro, após a famosa derrota na Copa do Mundo no Maracanã. Com a intenção de resgatar a autoestima do torcedor, a CBD (atual CBF) buscou a autorização da FIFA para organizar uma competição internacional. Assim nasceu a Copa Rio Internacional, que teve suas duas primeiras edições em 1951 e 1952, sendo vencidas por Palmeiras e Fluminense, respectivamente.
Outros clubes renomados participaram desse torneio, como Nacional (Uruguai) e Estrela Vermelha, aumentando sua relevância internacional. Contudo, apesar do sucesso inicial, a Copa Rio nunca obteve o reconhecimento mundial que muitos de seus campeões almejam.
A posição da FIFA sobre os títulos
Desde 2017, a FIFA estabeleceu a posição de reconhecer apenas os campeões da Copa Intercontinental e do Mundial de Clubes como verdadeiros campeões mundiais. Para mudar essa decisão, seria necessário um novo parecer do Conselho da FIFA, algo que até agora não aconteceu. O caminho para a mudança é complexo e depende de diversas discussões e aprovações dentro da entidade máxima do futebol.
De acordo com Sormani, essa insistência nos títulos de 1951 e 1952, sem um reconhecimento formal por parte da FIFA, acaba por desvalorizar a história rica e vitoriosa dos clubes brasileiros. Com isso, é fundamental que os times ajustem suas expectativas e enfoquem suas energias em competições atuais e suas performances em campo.
As questões sobre a legitimidade dos títulos e a busca por reconhecimento são reflexos de um futebol que carece de um olhar mais amplo, onde a história deve ser valorizada, mas sem perder de vista a necessidade de conquistas no presente. Para os amantes do futebol, a discussão em torno do Mundial de Clubes e suas reverberações continuará a ser um tema relevante enquanto palmeirenses e tricolores tentam entender e reivindicar seus legados.
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