Brasil, 20 de junho de 2025
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Inverno começa nesta sexta-feira com frio e chuvas no Alto Tietê

O inverno 2025 se inicia com temperaturas baixas e previsão de chuvas para o Alto Tietê, impactando o comércio e a agricultura.

O inverno no Brasil começa oficialmente nesta sexta-feira, dia 20 de junho, às 23h42 e se estenderá até 15h19 do dia 22 de setembro. Apesar das temperaturas frias que já têm sido sentidas nas últimas semanas, o meteorologista Guilherme Borges prevê uma estação com “cara de inverno”, marcada pela ausência dos fenômenos climáticos “El Niño” e “La Niña” e com maiores volumes de chuvas no Alto Tietê.

A chegada do inverno e suas características

Com a chegada do inverno, massas de ar frio devem provocar a queda das temperaturas, trazendo chuvas ao Alto Tietê. Essa combinação poderá impactar não apenas o clima, mas também o cotidiano das pessoas e o mercado local.

Borges explica que, embora o inverno seja tradicionalmente seco, este ano a expectativa é de que os índices pluviométricos fiquem dentro da média ou até acima do normal. “A presença de frentes frias no litoral facilita a umidade que gera pancadas de chuva”, afirma ele. Assim, o inverno deve ser marcado por oscilações de frio e a possibilidade de ondas de calor é mínima.

Impactos no comércio de alimentos

As baixas temperaturas fazem com que muitos comerciantes adaptem seus cardápios para atender as preferências dos consumidores que buscam pratos quentes e reconfortantes. O gerente de uma padaria em Mogi das Cruzes, Marcílio Lopes da Silva, observa que durante o inverno há um aumento de 30% nas vendas. “As pessoas procuram muito por caldos, pizzas e lanches quentes,” destaca.

Segundo Marcílio, a demanda pelos caldos é especialmente alta, com vendas que chegam a 400 pratos por dia no inverno, um número muito inferior nos dias quentes. “A canja é um clássico que temos todos os dias, e o buffet de caldos no final de semana faz grande sucesso”, comenta.

A proprietária de um restaurante, Jéssica Santos, também se adaptou ao clima do inverno, introduzindo pratos quentes em seu cardápio, uma estratégia que visa atrair clientes que não buscam opções geladas, como os pokes. “Agora temos salmão grelhado com shimeji e cenoura caramelizada, além do tradicional caldo, que o pessoal está adorando”, revela Jéssica.

Desafios para a agricultura

O frio não afeta apenas o comércio; a agricultura também precisa se adaptar às novas condições climáticas. Produtores devem mudar seus cultivos para variedades mais resistentes ao frio. Josemir Barbosa de Moraes, que cultiva hortaliças em Mogi das Cruzes há 42 anos, afirma: “Neste período, só cultivo cebolinha, que é mais resistente ao frio, mas seu desenvolvimento é comprometido”, revela o produtor.

Em Suzano, o agricultor Giovani Pelegrim ajusta sua produção para couve, brócolis e outras hortaliças que são mais consumidas em pratos quentes durante o inverno. “Troco a produção em março, porque a qualidade dos produtos muda significativamente nessa época, e o consumo de hortaliças costuma cair”, explica. Ele adiciona que o risco de geadas afeta bastante o cultivo e que a demanda por produtos cai durante os meses mais frios.

Perspectivas para o inverno no Alto Tietê

O clima chuvoso e as temperaturas baixas devem influenciar consideravelmente todas as atividades na região, desde o comércio até a agricultura. Mogi das Cruzes e Suzano têm se preparado para essas mudanças, garantindo que a tradição dos pratos quentes e reconfortantes continue viva, mesmo quando as temperaturas caem.

Assim, o início do inverno no Alto Tietê promete ser uma estação de adaptações, desafios e oportunidades para setores fundamentais da economia local. Com a previsão de um clima mais chuvoso e temperaturas amenas, tanto o comércio quando os agricultores deverão se ajustar às novas demandas, sempre em busca de atender melhor a população durante essa estação que, apesar do frio, traz também calor humano e boas receitas.

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