Na noite de domingo, a congressista republicana Marjorie Taylor Greene usou a plataforma X para criticar a postura do governo dos Estados Unidos frente ao conflito entre Israel e Irã. Ela afirmou que o país não deve se envolver em guerras estrangeiras, defendendo uma postura isolacionista e alinhada com o perfil do movimento MAGA, que preza pelo nacionalismo extremo e pela não intervenção internacional.
Greene desafia o establishment e provoca reação de Levin
Greene declarou: “Eu não quero ver Israel bombardeado, Irã bombardeado, Gaza destruída, ou a Ucrânia atacada. E NÃO queremos pagar por isso!” Sua postura, que reflete uma linha mais isolacionista dentro do partido, irritou Mark Levin, um dos principais apoiadores de Donald Trump e forte defensor de uma postura mais agressiva na política exterior.
Levin, que se autodenomina um verdadeiro representante do MAGA, respondeu de forma dura na segunda-feira, minimizando a influência de Greene. “Quem morreu e nomeou Marjorie Taylor Greene como rainha do MAGA? Trump é MAGA. Ele recebeu 77 milhões de votos. Você é uma política pouco conhecida da Geórgia. Nós somos o time Trump. Faça o favor de apoiar o presidente!”, afirmou Levin.
As distinções dentro do movimento MAGA
Enquanto Greene defende uma postura de não intervenção, Levin e outros membros mais tradicionais do movimento MAGA demonstram preferência por uma política mais assertiva, incluindo o apoio a ações militares contra o Irã e uma postura mais alinhada com valores de apoio a Israel. Essa disputa reflete as diferentes correntes internas que coexistem dentro do amplo espectro do nacionalismo americano liderado por Trump.
Posições recentementes de Trump
Donald Trump, que voltou a liderar as pesquisas presidenciais, declarou ao ABC News no domingo que não descarta a possibilidade de os EUA se envolverem no conflito Israel-Iraque, ao mesmo tempo em que sugeriu que Vladimir Putin poderia ajudar a desescalar a crise, o que indica uma postura mais pragmática que a de Greene.
Perspectivas de alinhamento político
Apesar das divergências públicas, parece que uma parte significativa do movimento MAGA permanece alinhada ao discurso de Greene. O debate, no entanto, evidencia as diferentes estratégias dentro do partido para lidar com questões internacionais e a complexidade de manter uma unidade em torno de um mesmo rótulo.
Este episódio mostra como o alinhamento com Trump ainda é uma questão central para os apoiadores mais radicais do MAGA, enquanto alguns setores buscam uma postura mais moderada ou pragmática em relação às políticas externas.
Para acompanhar o desenvolvimento dessas divergências, continue atento às próximas declarações dos principais nomes do movimento.