Na manhã de 19 de junho de 2025, o embaixador de Israel junto ao Vaticano, Yaron Sideman, defendeu as ações do seu país contra o programa nuclear iraniano, afirmando que Israel busca evitar a “Terceira Guerra Mundial”. A entrevista foi concedida à EWTN News, após ataques israelenses na semana passada que visaram alvos relacionados ao Irã na região.
Israel reforça que ataques a Irã evitam uma guerra mundial
Sideman explicou que as ações de Israel, incluindo o ataque recente, foram necessárias para impedir o que chamou de uma ameaça iminente do Irã. “Estamos prevenindo uma Terceira Guerra Mundial”, disse, ressaltando que seu país combate o “regime mais perigoso da Terra” ao impedir que o Irã obtenha armas nucleares. “Se não eliminarmos o programa nuclear do Irã, ele nos eliminará”, afirmou.
Irã empenhado em acelerar seu programa nuclear
Segundo o embaixador, o programa nuclear iraniano avançou para níveis perigosamente próximos à produção de armas nucleares. Ele destacou que o país enriquecia urânio até 60% de U-235, um nível suficiente para fabricar cerca de nove bombas atômicas, além de produzir cerca de 300 mísseis balísticos mensais capazes de carregá-las, uma fase considerada “inimaginável” por Israel.
De acordo com relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Irã estaria em grave desacordo com a comunidade internacional, pois seu enriquecimento excede em muito os limites declarados para uso civil, indicando intenções militares. Sideman acrescentou que o objetivo de Israel é que, de uma forma ou de outra, o programa nuclear e os mísseis do Irã sejam completamente eliminados ou significativamente reduzidos.
Mensagem de Sideman aos iranianos: ‘Nosso combate não é com vocês’
Ao falar sobre a população iraniana, Sideman afirmou que “nosso combate não é com vocês”. Ele ressaltou o respeito de Israel pela população do Irã e sua empatia com o sofrimento vivido sob o regime “brutal” que, segundo ele, ameaçou a existência do Estado de Israel desde 1979, após a Revolução Islâmica. Ele afirmou ainda que, antes desse período, Irã e Israel tinham uma relação “pacífica” e “amistosa”, inclusive durante a Segunda Guerra Mundial, quando o país acolheu judeus que fugiam do nazismo.
Papa Francisco reforça apelo por diálogo e paz
Na última quinta-feira, o Papa Francisco reiterou seu apelo por soluções diplomáticas para o conflito entre Israel e Irã. “Peço que se busque a paz a todo custo, evitando o uso de armas e promovendo o diálogo”, destacou, lamentando a morte de civis inocentes em ambos os lados. A posição do Papa reflete o desejo por uma resolução pacífica, mesmo quando as tensões aumentam.
Diálogo e missão do Vaticano
Sideman informou que, apesar de não ter tido um contato direto recente com o Pontífice, reforçou seu convite para uma visita de Francisco a Israel. Além disso, destacou que uma prioridade diplomática de Israel é atuar junto ao Santo Sede para facilitar a libertação de 53 reféns retidos pelo Hamas há 622 dias. Para o embaixador, o fim do conflito em Gaza dependerá da desmilitarização e da ausência do Hamas na região, o que traria paz e permitiria o retorno dos reféns.
Perspectivas de paz e esperança de futuro
Ao encerrar a entrevista, Sideman declarou que Israel deseja a paz, mesmo que “uma paz fria” seja preferível à guerra. Ele afirmou que, enquanto o conflito continuar, o país continuará suas ações para defender-se, mas reforçou a esperança de uma solução definitiva que traga estabilidade e segurança para todos os envolvidos.
Para assistir à entrevista completa, acesse o vídeo no link: aqui.