Brasil, 20 de junho de 2025
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Moradores de Hortolândia reclamam de mau cheiro de estação de tratamento de esgoto

Com protestos, população pede soluções para odor insuportável na cidade, que persiste desde 2017, mesmo após multas aplicadas à Sabesp.

No município de Hortolândia, em São Paulo, a população tem enfrentado um problema persistente e incômodo: o mau cheiro oriundo da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Desde 2017, os moradores registram reclamações sobre o odor que se espalha por diversas regiões da cidade, e na última quinta-feira (19), um grupo de cidadãos decidiu se manifestar em frente à estação na esperança de que medidas concretas sejam tomadas para solucionar a situação.

Odes e protestos pela solução do problema

Os relatos sobre os impactos do odor na qualidade de vida são unânimes. Cíntia Rocha, que reside a quase quatro quilômetros da estação, contou que a presença do mau cheiro interfere até em sua saúde. “Você acorda com a sensação da garganta irritada. Primeiro dá o sintoma, irrita a garganta e logo depois já vem a dor de cabeça”, afirmou, demonstrando a angústia diária dos moradores.

Rodrigo Laneri, que vive a apenas 200 metros da ETE, também expressou seu descontentamento. “Essa máscara é de alguma maneira para nos proteger do odor causado aqui pela Sabesp”, disse, enfatizando a gravidade da situação. Ele comentou que mesmo tentando fechar janelas e utilizar ventiladores, o cheiro persiste, criando um clima de “calamidade” em seu cotidiano.

A situação dos moradores é alarmante

Os efeitos do mau cheiro podem ser sentidos em vários bairros, incluindo Jardim Santana, Vila Real, Jardim Jatobá, Centro e Jardim Firenze. O problema se agrava com a presença de sete lagoas na estação, que, segundo relatos, têm gerado multas consideráveis à Sabesp, que já somam R$ 488 mil devido a irregularidades operacionais.

Além das multas, a situação levou a Prefeitura de Hortolândia a intensificar a pressão sobre a Sabesp, cobrando soluções imediatas. Em resposta, a prefeitura enviou denúncias a órgãos reguladores, incluindo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e o Ministério Público.

Iniciativas da Sabesp e a expectativa dos moradores

A Sabesp, por sua vez, anunciou que está investindo mais de R$ 28 milhões em melhorias na ETE. A empresa iniciou obras em março, com previsão de término para setembro. As melhorias incluem a remoção de lodo de seis lagoas, a limpeza das lagoas de aeração e a aquisição de novos equipamentos para reduzir a emissão de odores.

A empresa também implementou um sistema de tratamento preliminar de esgoto, que visa minimizar os odores, além de uma cortina vegetal ao redor da estação para agir como uma barreira natural. No entanto, durante a remoção do lodo, a Sabesp alerta que pode ocorrer a emissão de odores temporários.

A luta contínua dos moradores

Os moradores de Hortolândia permanecem vigilantes e esperançosos por soluções efetivas. A luta contra o mau cheiro não é apenas uma questão de conforto, mas envolve a saúde e bem-estar de milhares de pessoas. As manifestações e a pressão sobre a Sabesp refletem uma comunidade unida, que busca um tratamento digno e adequado para sua qualidade de vida.

O futuro da situação depende das ações concretas da empresa e do comprometimento das autoridades em resolver um problema que se arrasta por anos. Para os moradores, a esperança é de que as promessas de melhorias se tornem realidade e que o odor insuportável seja finalmente eliminado da rotina da cidade.

Em um momento em que a conscientização sobre a saúde pública e o meio ambiente é tão relevante, a situação de Hortolândia serve como um alerta para a importância da gestão eficiente de recursos hídricos e do tratamento de esgoto nas áreas urbanas.

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