Brasil, 20 de junho de 2025
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Eduardo Bolsonaro se licencia e argumenta sobre saída do Brasil

Eduardo Bolsonaro revela receio de humilhação da PGR e pleiteia licenciamento para atuar internacionalmente.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou na última quarta-feira (18) que sua decisão de permanecer nos Estados Unidos estava fundamentada no medo de ser humilhado e na possibilidade de um “bote” da Procuradoria Geral da República (PGR). As afirmações ocorreram em uma interação nas redes sociais onde Eduardo comentou sobre um programa de jornalismo que questionava sua condição de exilado, considerando que ele não estava sendo investigado quando deixou o Brasil.

A reação à possibilidade de humilhação

Em suas declarações, Eduardo Bolsonaro mencionou: “A PGR não se manifestou porque estava esperando eu voltar para o Brasil para dar o bote, para me humilhar e tirar qualquer possibilidade que eu pudesse de fazer o meu trabalho lícito internacional, como o próprio PGR depois falou.” Essas declarações seguem um contexto tenso, onde a relação do parlamentar com o Judiciário tem sido marcada por polêmicas e acusações de censura.

Contexto político e judicial

O discurso de Eduardo Bolsonaro coincide com críticas dirigidas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que tem sido acusado de agir de maneira censuradora. Parlamentares dos Estados Unidos expressaram preocupação com as decisões de Moraes, que, segundo eles, têm impactado empresas e cidadãos americanos. A crise teve início após a suspensão do Twitter (X) no Brasil em 2024, após a plataforma descumprir ordens judiciais do STF.

Recentemente, o senador Marco Rubio revelou a possibilidade de sanções internacionais contra Moraes, destacando que havia uma “grande possibilidade” de o ministro ser alvo de represálias sob a Lei Global Magnitsky, que visa responsabilizar violadores de direitos humanos.

Permanência nos EUA e seu significado

Eduardo Bolsonaro se encontra nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro, alegando uma viagem de férias. Contudo, o motivo por trás de sua permanência no exterior se intensificou após o Partido dos Trabalhadores (PT) apresentar uma ação no STF para solicitar a apreensão de seu passaporte, argumentando que o deputado estaria prejudicando a soberania nacional ao criticar a Justiça fora do país.

No dia 18 de março, ele anunciou sua decisão de se licenciar do cargo de deputado: “Irei me licenciar, sem remuneração, para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos.”

Consequências da atuação do deputado

Recentemente, Eduardo levantou a possibilidade de enfrentar até 12 anos de prisão por “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”. O STF abriu um inquérito a respeito em 26 de maio, sob ordens de Moraes, para investigar os crimes de coação no processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático.

Tal inquérito surgiu após uma representação na PGR, protocolada por Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, que solicitava investigações sobre as alegações de que Eduardo Bolsonaro estaria colaborando com o governo dos EUA para aplicar sanções contra figuras do Judiciário brasileiro.

Conclusão

A situação de Eduardo Bolsonaro representa não apenas um enredado político, mas também levanta questões sobre a atuação da PGR e do Judiciário em um cenário de crescente polarização no Brasil. Com seu licenciamento e a proposta de uma atuação internacional, o deputado busca redefinir sua imagem pública e se esquivar de possíveis implicações legais.

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