Se você é mulher, provavelmente já passou por uma experiência médica em que seus sintomas foram considerados “normais” ou “psicológicos”. Diversas histórias compartilham momentos em que profissionais de saúde minimizaram sinais de doenças graves, refletindo um viés de gênero que prejudica a assistência médica feminina.
Sintomas ignorados ou desacreditados por médicos às mulheres
Na comunidade do Reddit, muitas mulheres relataram que, ao buscar ajuda, tiveram seus sintomas desacreditados ou atribuídos a causas emocionais ou de status, dificultando diagnósticos precoces e precisos. Veja alguns relatos emblemáticos.
Problemas cardíacos ignorados na infância
Uma mulher contou que, aos cinco anos, sentia dores agudas no peito, mas o médico de sua família alegou que eram normais para meninas, por serem mais emocionais. Foi necessário um segundo diagnóstico para identificar arritmias hereditárias que poderiam ter causado complicações sérias na idade adulta.
Desordens ortopédicas minimizadas por falta de força
Outra narrativa relata uma mulher que tinha dores nos ombros e costelas, além de ruídos nos ossos. O profissional informou que se tratava de uma característica comum em mulheres devido à força superior inferior. Anos depois, diagnóstico revelou deformações e a necessidade de cirurgia.
Infecções urinárias não tratadas por preconceitos
Uma paciente peso 175 kg lembra que, ao procurar assistência por uma primeira infecção urinária, foi informada de que isso era comum em mulheres com sobrepeso, sendo que ela deveria apenas perder peso ou habituar-se aos sintomas. O episódio evidencia o preconceito e a negligência.
Diagnósticos equivocados de doenças graves
Relatos de mulheres com doenças como lúpus, câncer de mama e infarto foram muitas vezes considerados como ansiedade ou neuroses. Uma mulher que sofria de uma trombose pulmonar passou horas esperando por atendimento, sendo desacreditada por seu peso até que precisou de UTI.
Impacto do viés de gênero na saúde feminina
Quando sintomas como dores, palpitações, dores de cabeça frequentes ou problemas gastrointestinais são minimizados, a chances de diagnóstico tardio aumentam, deixando as mulheres mais vulneráveis a complicações graves. Segundo especialistas, esse preconceito estrutural na área médica perpetua desigualdades e dificuldades no acesso ao cuidado adequado.
Consequências a longo prazo
Além do sofrimento e da piora da condição de saúde, muitas mulheres relatam que o atraso no diagnóstico resultou em tratamentos mais invasivos e irreversíveis, como cirurgias em articulações e fusões ósseas que poderiam ter sido evitadas com atenção precoce.
Reflexões e desafios na assistência médica às mulheres
Profissionais da saúde precisam revisar suas abordagens para oferecer diagnósticos mais sensíveis às queixas femininas, evitando o preconceito e a banalização de sintomas. A conscientização sobre essas experiências é fundamental para combater o viés de gênero na medicina.
Se você passou por situações semelhantes, compartilhe sua experiência na seção de comentários ou preencha o formulário anônimo.