Durante o mês de junho, o Instituto de Terras do Piauí (Interpi) está com suas equipes em campo, focadas na regularização fundiária de comunidades quilombolas e indígenas em São João da Varjota e Barreiras do Piauí. Em breve, os trabalhos também se estenderão a Piripiri.
A importância do cadastramento e georreferenciamento
As atividades incluem o cadastramento das famílias e o georreferenciamento dos territórios, que são etapas cruciais que antecedem a titulação das terras. Esse processo é fundamental para garantir a segurança jurídica e o reconhecimento dos direitos dessas comunidades sobre seus territórios tradicionais.

Reconhecimento cultural e ambiental
A atuação junto a povos e comunidades tradicionais exige sensibilidade cultural, respeito às especificidades locais e articulação constante com lideranças comunitárias e entidades representativas. O trabalho realizado pelo Interpi também contribui para a preservação das tradições, modos de vida e para a proteção ambiental dos territórios, reconhecendo a importância cultural e ecológica dessas áreas.
“Não estamos apenas produzindo dados. Estamos reconhecendo trajetórias históricas e fortalecendo a presença do Estado em territórios que há muito tempo esperam pelo reconhecimento de seus direitos. Também é uma forma de assegurar que esses povos continuem preservando suas práticas culturais e ambientais, com o respaldo do Estado”, afirmou o diretor-geral do Interpi, Rodrigo Cavalcante.

Construção coletiva e segurança jurídica
O diretor de Povos e Comunidades Tradicionais do Interpi, Saullo Lopes, reforça que este é um momento de construção coletiva. “Estamos ouvindo, registrando e sistematizando informações que serão fundamentais para garantir a segurança jurídica dessas comunidades. O processo é cuidadoso e precisa respeitar o tempo e a realidade de cada comunidade”, finaliza.
As próximas etapas incluirão a sistematização dos dados e a elaboração das peças técnicas necessárias para viabilizar a titulação.

O trabalho do Interpi destaca a importância do reconhecimento e da valorização das comunidades quilombolas e indígenas, essenciais para a diversidade cultural e para a conservação ambiental do Piauí.