O impacto do custo de vida tem se tornado um tema cada vez mais relevante para os trabalhadores brasileiros, especialmente em relação à cesta básica. Um estudo realizado pelo Grupo de Extensão em Economia e Gestão e Desenvolvimento Sustentável da Esalq/USP revelou que, em maio de 2025, o trabalhador de Piracicaba (SP) precisou gastar 95,84% do salário mínimo, atualmente em R$ 1.518,00, para adquirir sua cesta básica, que custou R$ 1.454,91.
O aumento dos custos em comparação aos meses anteriores
O cenário aponta para um aumento de 1,29% no valor da cesta básica, que em abril tinha um custo de R$ 1.436,33. Em termos financeiros, isso representa um gasto adicional de R$ 18,58 para as famílias, o que não é uma pequena quantia em um orçamento já apertado. Para se ter uma ideia mais clara, em média, o trabalhador teve que dedicar 106 horas de trabalho, o que equivale a pouco mais de 13 dias, apenas para conseguir arcar com os itens básicos de alimentação, higiene pessoal e limpeza.
Variação de preços
De acordo com o Índice de Cesta Básica de Piracicaba, o preço total dos alimentos aumentou 0,98%, atingindo R$ 1.237,61 em maio de 2025. Os produtos que tiveram os maiores aumentos de preços foram cebola, batata, biscoito maisena e pão francês. Em contrapartida, alguns itens, como ovos brancos, alho, arroz tipo 1 e linguiça toscana fresca, apresentaram significativas reduções.
Produtos de limpeza e higiene pessoal também ficaram mais caros
A situação dos produtos de limpeza doméstica não foi diferente. O preço médio desses itens chegou a R$ 94,78, representando um aumento de 3,87% em relação ao mês anterior. Os principais responsáveis por essa alta foram o sabão em barra e a água sanitária, enquanto o limpador multiuso e o detergente tiveram quedas de preços.
Na categoria de higiene pessoal, houve um aumento de 2,59%, com os produtos passando de R$ 119,43 para R$ 122,52. Itens como creme dental e papel higiênico foram os que mais contribuiram para essa alta.
Metodologia do estudo
O estudo da Esalq utiliza uma metodologia baseada no convênio Procon/Dieesen, permitindo que os dados de Piracicaba sejam comparados com os de outras cidades e até mesmo em relação à capital. Mensalmente, os preços de cerca de 40 produtos essenciais consumidos por uma família de quatro pessoas, cuja renda varia de um a cinco salários mínimos, são coletados em seis supermercados e quatro atacarejos locais.
Esses dados são utilizados para calcular o valor médio da cesta básica, considerando os pesos de cada produto com base na quantidade normalmente consumida pela população. Essa abordagem detalhada permite uma análise mais precisa do custo de vida na região.
Reflexão sobre a realidade econômica
Os dados apresentados pelo estudo são um alerta sobre a realidade econômica enfrentada por muitos trabalhadores em Piracicaba e, por extensão, no Brasil. O fato de que o trabalhador médio deve dedicar uma fatia tão grande de seu salário para garantir os itens básicos é preocupante e evidencia a necessidade de políticas públicas que visem à redução dos custos essenciais e à promoção de um maior equilíbrio econômico.
Conforme avança o ano, é fundamental que a população e os gestores públicos acompanhem com atenção as variações nos preços e os impactos diretos na qualidade de vida das famílias. Assim, novas soluções e estratégias podem ser discutidas e implementadas, visando garantir que todos os cidadãos possam ter acesso ao básico de maneira digna.
Para mais informações sobre o que está acontecendo na região de Piracicaba, fique atento às notícias e acompanhe atualizações sobre questões sociais e econômicas que afetam seu dia a dia.
Consulte o estudo completo e veja a lista detalhada dos produtos com suas respectivas variações de preço. Isso te ajudará a se planejar melhor e a entender como se dá a dinâmica dos preços na sua cidade. Leia mais aqui.