Brasil, 19 de junho de 2025
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Baleia-jubarte é resgatada após ficar presa em rede de pesca no litoral de SP

Uma baleia-jubarte foi resgatada em Ilhabela após ficar presa em rede de pesca. A operação foi realizada pelo Instituto Argonauta.

Na última segunda-feira (16), a tranquilidade das águas de Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, foi interrompida por uma operação de resgate de um animal majestoso: uma baleia-jubarte. O resgate foi realizado pelo Instituto Argonauta, uma instituição que se dedica à conservação costeira e à proteção da vida marinha.

A situação alarmante e o chamado para o resgate

A baleia foi avistada presa em uma rede de pesca por um trabalhador da área de turismo, que imediatamente alertou as autoridades para a situação crítica do animal. A mobilização dos biólogos e pesquisadores do Instituto Argonauta foi rápida, tendo como prioridade garantir a segurança da baleia e da equipe envolvida na operação.

Após isolar a área, os especialistas se aproximaram em um bote para tentar realizar a remoção da rede que envolvia o corpo da baleia. “Foi necessário afastar embarcações e curiosos para garantir um ambiente seguro para o desmalhe”, explicam os agentes do instituto.

Desafios na remoção da rede

Apesar da intenção de liberar a baleia completamente, os biólogos encontraram dificuldades devido ao comportamento agitado do animal. Essa reatividade tornou impossível a remoção total dos petrechos de pesca. “Condições de segurança são fundamentais. Por isso, conseguimos realizar apenas uma remoção parcial”, destacam os profissionais envolvidos na operação.

A baleia, após a remoção parcial da rede, seguiu rumo ao alto-mar. O Instituto Argonauta, preocupado com o bem-estar do animal, continuará monitorando a região na esperança de um novo avistamento que permita uma nova tentativa de desmalhe completo.

Importância de intervenções autorizadas

A operação de resgate de cetáceos, como a baleia-jubarte, é considerada de alto risco e exige um conjunto específico de habilidades técnicas, equipamentos adequados e — principalmente — autorização legal. No Brasil, essa atividade é regulada por uma portaria do Ibama, que estabelece protocolos rigorosos para garantir a segurança tanto dos animais quanto das equipes de resgate.

Intervenções não autorizadas podem colocar em risco tanto a vida dos animais quanto a segurança humana. Por essa razão, o Instituto Argonauta ressalta que, ao avistar um animal marinho em situação de risco, a população deve acionar imediatamente as autoridades ambientais e nunca tentar intervenções por conta própria.

Temporada de baleias no litoral paulista

O mês de junho marca o início da temporada de avistamento das baleias-jubarte, quando esses gigantes dos mares começam a cruzar as águas do litoral nordeste do Brasil em direção ao norte do país. Este fenômeno não apenas encanta turistas, mas também impacta positivamente as economias de cidades como São Sebastião e Ilhabela, que veem um aumento significativo nas atividades de observação de baleias até o mês de agosto.

Estima-se que cerca de 600 baleias-jubarte passam pelo litoral paulista anualmente. Elas vêm da Antártica, onde se alimentam durante o verão, e migrar rumo à Bahia, onde se reproduzem em águas mais quentes. Durante essa travessia, algumas baleias fazem pausas na costa paulista, utilizando essas paradas para descansar ou se alimentar, o que aumenta a probabilidade de avistamentos mais próximos da terra.

Uma viagem repleta de desafios e encantos

O resgate da baleia-jubarte em Ilhabela nos lembra não apenas dos desafios enfrentados pelos animais marinhos, mas também da importância de sua proteção. Compreender a migração e os hábitos dessas criaturas é essencial para a conservação da biodiversidade marinha. Assim, as intervenções bem-sucedidas como a realizada pelo Instituto Argonauta são exemplos de como a sociedade pode se unir em prol da natureza.

Se você avistar uma baleia ou qualquer outra espécie marinha em situação de risco, lembre-se: acione as autoridades competentes! A proteção desses animais é uma responsabilidade de todos nós.

Fonte: G1

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