O júri de Dedham, Massachusetts, declarou nesta quarta-feira (13) que Karen Read não é culpada de homicídio em segundo grau na morte do policial John O’Keefe, mas a condenou por dirigir embriagada. A decisão veio após quase um dia inteiro de discussões desde o início das deliberações em 13 de junho.
Julgamento polarizador e longa duração
O caso, intensamente acompanhado pela mídia e polarizador, envolve uma acusação de que Read atingiu O’Keefe com seu SUV e deixou-o morrer na neve, após uma festa em 2022. Esta é a segunda tentativa de condenação, já que na primeira audiência, um júri não conseguiu chegar a um veredicto e o julgamento terminou em um mistrial.
Read, de 45 anos, enfrentava acusações de homicídio em segundo grau, homicídio culposo e abandono do local do acidente, com potencial de prisão perpétua se condenada pelo crime mais grave. Seus advogados sempre defenderam que ela foi vítima de uma montagem policial, alegando que a morte de O’Keefe ocorreu dentro de uma casa, não na rua, como sustentava a acusação.
Debates jurídicos e evidências apresentadas
A disputa entre provas e alegações
Durante o julgamento, que durou semanas, testemunhas e evidências foram exaustivamente apresentadas. A promotoria alegou que Read, embriagada, cruzou o caminho de O’Keefe e o atingiu, deixando-o à mercê da neve, enquanto a defesa argumentou que O’Keefe foi espancado e mordido por um cachorro, sendo posteriormente arrastado para fora de uma casa.
Os advogados de Read também criticaram o esforço policial, afirmando que evidências teriam sido plantadas em uma conspiração. A promotoria, por sua vez, retratou Read como uma amante traída que abandonou seu namorado à morte após o acidente.
Reação da defesa e perspectivas futuras
O advogado de Read, Alan Jackson, demonstrou alívio e afirmou que o veredicto encerra uma acusação sem provas concretas de que houve uma colisão com um carro. “Não há nenhuma evidência de que John foi atingido por um carro. Nada,” declarou Jackson. A matéria completa na HuffPost destaca detalhes do julgamento.
Implicações do julgamento
Embora Read tenha sido considerada inocente do homicídio, ela foi condenada por dirigir embriagada, o que pode resultar em uma pena de até vários anos de prisão em caso de condenação definitiva. A sentença será definida em nova audiência, e o caso continuará sendo analisado pelas autoridades.
Este resultado reforça a complexidade do caso, cuja atenção pública permanece alta devido às muitas controvérsias e às alegações de manipulação de provas por parte das forças policiais locais.