Brasil, 19 de junho de 2025
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Protestos na Europa evidenciam preocupação com o excesso de turismo

Moradores protestam contra o turismo excessivo, destacando impactos na habitação, no comércio local e na infraestrutura das cidades.

Na Europa, protestos estão ocorrendo em várias cidades, como Barcelona, Madrid, Lisboa e Roma, manifestando a insatisfação de moradores com o impacto do excesso de turistas. Em Barcelona, milhares de residentes marcharam pelas ruas com sinais dizendo que “o turismo de massa mata a cidade”, enquanto protestavam contra a deterioração da qualidade de vida e a valorização desmedida do setor turístico.

Impactos sociais e econômicos doOvertourism na Europa

Um residente de 80 anos em Barcelona relatou à BBC que foi despejado de seu apartamento após quase uma década na área, que agora é dominada pelo mercado turístico. Ela afirmou que o aluguel aumentou 70% e suspeita que a mudança tenha sido motivada para acomodar turistas. Essa situação reflete a crise habitacional agravada pelas prioridades do setor turístico, que muitas vezes prioriza visitantes em detrimento dos moradores locais.

Outro comentário, publicado no Reddit, destacou a dualidade do turismo para a Espanha, que atrai bilhões de euros e gera milhares de empregos, mas também provoca dificuldades econômicas em outros setores, além de acentuar a desigualdade. “Apesar de formar engenheiros e possuir uma educação mundialmente reconhecida, a Espanha ainda luta para desenvolver uma economia mais diversificada,” observou um usuário.

Destino de cidades como Barcelona e o futuro do turismo local

Segundo outro redditor, a cidade que um dia pertenceu aos seus habitantes está se transformando em um parque temático, com o centro histórico dominado por lojas de souvenirs, turistas e comerciantes que exploram a faixa de preço. “Em breve, a essência de Barcelona será apenas uma fachada”, alertou o internauta.

Manifestações contra o excesso de turistas no sul da Europa

No dia 15 de junho, milhares de moradores de regiões do sul da Europa, como Espanha, Portugal e Itália, saíram às ruas para protestar contra o fluxo excessivo de turistas durante as altas temporadas. Eles ressaltam que não são contra o turismo em si, mas defendem uma escala mais sustentável e controlada—uma forma de preservar a cultura, o comércio local e a qualidade de vida.

Crise no Louvre e o impacto do turismo de massa na cultura

O Museu do Louvre, em Paris, fechou suas portas temporariamente após uma greve abrupta dos funcionários, que relataram dificuldades causadas pelo grande fluxo de visitantes. Com uma capacidade de 30 mil pessoas ao mesmo tempo, o museu recebeu 8,7 milhões de visitantes no último ano, sobrecarregando sua infraestrutura. Os funcionários relataram condições insalubres, incluindo poucos momentos de descanso e aumento do calor devido ao efeito estufa dentro do prédio.

Regulação do setor e o papel do governo na contenção do turismo excessivo

Em maio de 2025, o governo espanhol anunciou a remoção de cerca de 66 mil anúncios de aluguel no Airbnb, após denúncias de violações às regulações turísticas. A medida visa conter a especulação imobiliária e aliviar a crise de habitação, que se agravou com o aumento de preços e a preferência por apartamentos turísticos em detrimento das residências tradicionais.

Perspectivas para o futuro do turismo na Europa

As manifestações e os debates públicos demonstram que o excesso de turismo não é uma questão nova, mas que voltou a ocupar a pauta principal. Especialistas defendem a necessidade de soluções sustentáveis que conciliem o crescimento econômico com a preservação das comunidades locais, evitando o modelo de turismo de massa que prejudica o ambiente, o comércio e a cultura locais.

Enquanto isso, recomenda-se que os interessados em visitar cidades como Barcelona considerem alternativas virtuais, como o uso de plataformas de realidade virtual, até que seja possível equilibrar o turismo de forma mais responsável e justo.

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