Brasil, 19 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Júri absolve Karen Read de homicídio, condena por direção sob influência

Após mais de 22 horas de deliberação, jurados consideram Read inocente de homicídio de policial, mas a condenam por dirigir embriagada

O júri de Dedham, Massachusetts, declarou nesta quarta-feira (13) que Karen Read, de 45 anos, não é culpada de assassinato em segundo grau do namorado, policial de Boston, John O’Keefe, mas a condenou por conduzir sob efeito de álcool. A decisão ocorre após meses de intenso julgamento e uma deliberação de mais de 22 horas desde 13 de junho.

Decisão em caso polarizador

Este veredicto encerra uma batalha judicial que dividiu opiniões, envolvendo acusações de que Read teria atropelado O’Keefe, de 46 anos, fora de uma festa em 2022. Enquanto os promotores afirmam que ela tentou fugir após bater nele com seu SUV, a defesa sustenta que O’Keefe morreu dentro da casa e foi arrastado para fora posteriormente, além de alegar que a acusação foi fruto de uma conspiração policial.

Read enfrentava acusações de homicídio em segundo grau, homicídio culposo e crime de deixar o local do acidente, podendo receber uma sentença de prisão perpétua se condenada pelo crime mais grave. Na primeira tentativa de julgamento, um júri chegou a permanecer em dúvida, levando à anulação do processo por um juiz.

Detalhes da acusação e defesa

Durante o julgamento, os advogados apresentaram centenas de provas, incluindo depoimentos e perícias. Os promotores alegaram que Read, sob efeito de álcool, atropelou O’Keefe e fugiu do local, enquanto a defesa rebateu que não há evidência de colisão e que O’Keefe teria morrido dentro da casa, sendo posteriormente levado para fora.

Condenação por direção embriagada

A condenação de Read por direção sob influência foi acolhida pelos jurados, que entenderam que ela dirigia alcoolizada no momento do incidente. Essa parte do veredicto representa uma vitória para a promotoria e pode acarretar uma pena de até vários anos de prisão.

Contexto jurídico e futuro do caso

Este é o segundo julgamento de Read, já que a primeira etapa terminou em impasse. O promotor especial Hank Brennan foi responsável pela acusação, enquanto o advogado de defesa, Alan Jackson, destacou que não há provas concretas de que ocorreu uma colisão.

O julgamento trouxe à tona debates sobre suspeitas de encenação policial e a possibilidade de uma execução indevida. A sentença final deverá definir o futuro de Read, que permanece sob análise enquanto aguarda o cumprimento de eventual pena.

Perspectivas e impacto

Especialistas indicam que a decisão reflete a complexidade do caso, marcado por controvérsias e uma longa trajetória de tensões judiciais. A acusação de homicídio foi reconsiderada, enquanto a condenação por direção embriagada reforça os efeitos do julgamento na legislação local.

O caso, amplamente coberto pela mídia, deverá ainda gerar debates sobre a conduta policial e direitos do acusado. A defesa afirmou que continuará lutando pela absolvição de Read de quaisquer acusações de homicídio.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes