Brasil, 19 de junho de 2025
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Especialistas alertam sobre riscos de levar o celular a protestos

Uso de telefone durante manifestações pode expor informações pessoais e comprometer a segurança dos ativistas

Neste último fim de semana, ativistas protestaram contra a administração de Donald Trump em Los Angeles, optando por medidas de segurança adicionais em seus celulares. Muitos escolheram usar aparelhos antigos, desligar os dispositivos ou colocá-los em bolsas específicas que bloqueiam sinais, como recomendações de especialistas em segurança digital.

Por que evitar levar o celular a protestos?

De acordo com experts, manter o telefone ativo durante manifestações apresenta riscos significativos de rastreamento e perda de privacidade. Mesmo com o modo avião ativado, há possibilidades de conexão com torres celulares, que podem indicar sua localização. “A única forma de garantir que ninguém rastreie seus movimentos é não levando o aparelho”, afirma Ana Joshi, advogada da American Civil Liberties Union.

Riscos de multas e ações legais

O uso de celulares durante protestos também pode facilitar a coleta de evidências contra os manifestantes. Segundo Bill Budington, do Electronic Frontier Foundation, dispositivos forenses podem extrair informações internas mesmo de aparelhos desligados, incluindo registros de presença em eventos e comunicações confidenciais. Se o celular for confiscado, esses dados podem ser usados contra o indivíduo, por isso muitos preferem deixar o aparelho no carro ou desligado durante a manifestação.

Práticas recomendadas para proteção digital

Para quem precisa levar o telefone, especialistas sugerem desativar biometria, como Face ID e impressão digital, utilizando senhas fortes e alternando para o modo bloqueio, que impede o uso de biométricos temporariamente. Além disso, o modo avião, combinado com o uso de bolsas de bloqueio de sinal, pode ajudar a evitar rastreamentos em tempo real.

Cuidados adicionais

Outro ponto importante é apagar metadados de fotos e vídeos e usar recursos de blurring para proteger a identidade de outras pessoas capturadas nas imagens. Criar um plano de segurança antes de sair para a rua, incluindo informações sobre contatos de emergência e advogados, reforça a proteção coletiva e individual.

O que fazer se precisar usar o celular?

Quando for inevitável utilizar o aparelho, recomenda-se desligá-lo completamente, evitando possíveis interceptações. Caso não seja possível, desative biometria e mantenha o dispositivo bloqueado com uma senha forte. Como alternativa, deixe o telefone em um veículo ou desligado durante toda a manifestação, minimizando o risco de coleta de dados e rastreamento.

Reflexões finais sobre segurança e solidariedade

Práticas de segurança digital durante protestos demonstram solidariedade e respeito às próprias garantias legais e pessoais. “Preparar uma estratégia de proteção é um ato de solidariedade, que protege não apenas o indivíduo, mas também o coletivo”, afirma Alejandro Ruizesparza, ativista e técnico em segurança digital. Pensar antes de agir e compartilhar planos com amigos ou advogados é fundamental para fortalecer a segurança de todos.

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