Antes do desfile militar organizado por Donald Trump neste fim de semana, que celebrou os 250 anos das Forças Armadas dos Estados Unidos, o ex-marinheiro e representante Seth Moulton fez comentários polêmicos que viralizaram nas redes sociais. Em uma entrevista ao programa de Bill Maher, o político afirmou que o desfile parecia mais uma exibição de poder do que uma homenagem genuína, gerando risadas e aplausos da plateia.
Críticas à militarização e ao custo do evento
Moulton classificou o desfile como uma espécie de espetáculo de autoafirmação de Trump, referindo-se a ele como alguém que gosta de parecer forte diante do público. “Ele gosta de Putin, idolatra Kim Jong Un e quer parecer um ditador”, afirmou o congressista. Ele também destacou que o custo estimado para realização do evento varia entre 25 e 40 milhões de dólares, dinheiro que poderia ser destinado a ajudar veteranos, como sugeriu o apresentador Jake Tapper.
Eleição de palavras duras contra Trump
Na ocasião, Moulton não economizou nas críticas: “Ele é um ‘draft dodger’ (evitador de serviço militar), e essa é sua primeira oportunidade de fazer algo relacionado às forças armadas”. O comentário fez referência às múltiplas isenções que o ex-presidente obteve na época do Vietnã, alegando problemas de saúde, como esporões no calcanhar, o que lhe permitiu evitar o serviço militar ativo na Guerra do Vietnã. Segundo reportagem do Business Insider, Trump obteve cinco isenções diferentes.
Reações nas redes sociais
Ao compartilhar a opinião de Moulton, internautas voltaram a reforçar a visão de que Trump usou as deferências militares apenas para escapar do serviço. Alguns defenderam a postura do ex-marine, como um usuário que escreveu: “Disse tudo — um covarde que evitou o serviço e agora quer posar de forte. Uma vergonha e um perigo.” Outros, entretanto, insistiram que “uma palavra de um veterano não representa todos os veteranos”.
Contexto histórico e controvérsias
As críticas ao ex-presidente não são recentes. Trump recebeu cinco deferimentos durante a Guerra do Vietnã, incluindo um por esporões no calcanhar, uma alegação que gerou debates sobre sua ética e sinceridade em relação ao serviço militar. Seu diagnóstico, supostamente feito por um amigo do seu pai, o deixou inapto para o serviço ativo, levantando suspeitas de que suas ações refletiam mais interesses pessoais do que um compromisso com o país.
Especialistas e figuras públicas continuam a discutir a relação de Trump com o exército e a militarização da política americana, tema que cresce em relevância à medida que sua figura permanece central no cenário político dos Estados Unidos.
Perspectivas futuras
À medida que a controvérsia sobre o desfile e o passado militar de Trump ganham destaque, a discussão sobre o uso do poder militar na política e na imagem pública permanece vigente. A opinião de Seth Moulton acende um debate sobre autenticidade, patriotismo e os custos reais de eventos que parecem mais exibições de poder do que celebrações genuínas.