Um homem de 54 anos foi preso nesta quarta-feira (18) em Angra dos Reis, no bairro Japuíba, sob a suspeita de abuso sexual contra a neta da sua companheira. O caso, alarmante e devastador, refere-se a abusos que teriam ocorrido de 2017 a 2023, enquanto a jovem vítima tinha apenas 7 anos. As informações são da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que investiga o caso.
Histórico dos abusos e prisão do suspeito
De acordo com a delegada responsável pelo caso, o homem era companheiro da avó da menina e ocupava uma posição de autoridade sobre ela, o que potencializou o ambiente propício para os abusos que ocorreram de maneira recorrente ao longo de seis anos. Ao tomar conhecimento das agressões, a mãe da vítima imediatamente procurou a polícia para denunciar o criminoso.
As autoridades confirmaram que o caso foi registrado na delegacia de Angra dos Reis, e o homem permanece preso à disposição da Justiça. Este triste episódio traz à tona a necessidade urgente de abordar questões sobre abuso sexual infantil e a proteção das crianças.
Como agir ao suspeitar de abusos
É fundamental que qualquer pessoa que perceba sinais de violência em uma criança atue com empatia e prudência. Escute a criança com atenção, sem julgá-la, e estabeleça uma relação de confiança. É vital que a criança sinta que pode contar com segurança o que está acontecendo, mesmo sabendo que muitos pequenos são ameaçados para não revelarem os abusos que sofreram.
De acordo com especialistas, muitas situações de abuso permanecem ocultas, não chegando ao conhecimento das autoridades, devido a fatores como medo e indiferença. Por essa razão, é imprescindível que a sociedade saiba como proceder ao se deparar com indícios de violência.
Onde fazer denúncias
Existem várias opções disponíveis para denunciar casos de violência sexual infantil no Brasil. A seguir, algumas recomendações para agir:
- Polícia Militar – 190: para situações onde a criança corre risco imediato.
- Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes.
- Delegacias especializadas: muitos estados possuem delegacias voltadas para o atendimento de crianças e mulheres.
- Disque 100: para denúncias de violações dos direitos humanos. O atendimento é anônimo.
- Conselho Tutelar: presente em todas as cidades, os Conselhos Tutelares têm a função de averiguar as denúncias e podem acionar a polícia se necessário.
- Profissionais de saúde: médicos e psicólogos têm a obrigação de notificar casos suspeitos de violência, repassando as informações aos Conselhos Tutelares e à polícia.
- WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656-5008.
Sinais de alerta de abuso e proteção às crianças
É importante que os adultos estejam atentos a comportamentos e sinais que possam indicar abusos. Isso inclui mudanças no comportamento da criança, como isolamento, medo excessivo de determinados lugares ou pessoas, além de dificuldades para se comunicar. O conhecimento desses sinais é uma das medidas essenciais para a proteção das crianças.
Este trágico incidente evidencia a importância de discutir abertamente questões relacionadas ao abuso sexual infantil e de reforçar a necessidade de um sistema de proteção que funcione de maneira eficaz. Todos têm um papel a desempenhar na proteção das crianças, agindo com responsabilidade e compaixão ao se deparar com situações que possam ameaçar sua segurança e bem-estar.
A sociedade deve unir esforços para garantir que episódios como esse não voltem a ocorrer, promovendo um ambiente seguro e acolhedor para todas as crianças.
