Brasil, 19 de junho de 2025
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Cardeal Timothy Dolan e líderes católicos de Nova York alertam sobre riscos e injustiças do projeto sem prazo de espera ou avaliação psicológica

Autoridades católicas de Nova York, incluindo o Cardeal Timothy Dolan, estão reforçando seu apelo ao governador do estado, Kathy Hochul, para que vete um projeto de lei que permite o suicídio assistido sem exigir prazo de espera ou avaliação psicológica prévia. Dolan afirmou que a medida “desvaloriza a vida humana” e pode facilitar decisões impulsivas e perigosas.

O projeto de lei e os riscos para a vida

O projeto de lei foi aprovado pelo Senado de Nova York em 9 de junho, apesar de forte oposição bipartida na legislatura, com diversos democratas e republicanos discordando. Ainda não há uma posição oficial divulgada por Hochul, uma católica, sobre o tema, embora ela tenha apoiado iniciativas de saúde mental durante sua gestão.

Críticas à ausência de avaliações psicológicas

Dennis Poust, diretor executivo da Conferência Católica de Nova York, criticou duramente o projeto, chamando-o de “um dos piores no país” devido à falta de salvaguardas para o paciente. Segundo ele, é possível solicitar o suicídio assistido logo após receber um diagnóstico terminal, sem necessidade de avaliação psicológica.

“Você pode receber um diagnóstico terminal, ficar desesperado, solicitar drogas para o suicídio e, no dia seguinte, estar poniendo fim à sua vida”, afirmou Poust em entrevista à “EWTN News Nightly”.

Posição da Igreja e lideranças católicas

Cardeal Dolan declarou que, em uma conversa com Hochul, expressou preocupações sobre a legislação, reforçando a importância do apoio psicológico e a necessidade de evitar a legalização de uma prática que diminui o valor da vida humana. Dolan também exortou fiéis católicos a se manifestarem contra o projeto, escrevendo para a governadora ou participando de campanhas de oposição.

Perspectivas e alternativas para o fim da vida

Enquanto alguns defendem o projeto como uma forma de ampliar opções ao final da vida, críticos como Poust e Dolan enfatizam a importância de fortalecer os cuidados paliativos e promover uma atenção mais humanizada e compassiva. Poust lembra que há formas de aliviar a dor e assegurar uma passagem pacífica, sem recorrer ao suicídio assistido.

Contexto internacional e impacto social

Embora o suicídio assistido seja legal em múltiplos estados americanos e no Distrito de Columbia, o projeto de Nova York se destaca por não ter requisitos de espera ou avaliação psicológica, gerando preocupações adicionais sobre sua implementação. Países como Canadá também legalizaram a prática, mas enfrentam críticas pela expansão irresponsável dessas leis, que muitas vezes resultam em abusos.

Especialistas alertam que a legislação pode afetar vulneráveis, incluindo pessoas com deficiência, minorias étnicas e regiões de baixa assistência médica, agravando desigualdades no setor de saúde.

Próximos passos e ações da comunidade

De acordo com Poust, a pressão continua para que o governador Hochul rejeite a proposta, ressaltando os riscos para a sociedade e a coerência com valores que promovem a vida e o cuidado. Além disso, lideranças religiosas convidam os fiéis a se engajarem em atividades de conscientização e diálogo sobre a questão.

O debate em Nova York revela uma questão ética complexa, que desafia princípios universais de proteção à vida e exige uma reflexão profunda sobre a responsabilidade social e humanitária na elaboração de leis.

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