Na última sábado, o governo Trump realizou uma grande parada militar para celebrar os 250 anos do Exército dos EUA, envolvendo 6.600 soldados, veículos e aviões, com custos estimados entre US$ 25 a US$ 45 milhões. Enquanto isso, a opinião pública e muitos membros das forças armadas se dividiram em opiniões, com centenas de veteranos e soldados ativos compartilhando suas avaliações sinceras e duras sobre a cerimônia.
Primeiras reações: críticas contundentes à vaidade e ao desperdício
Vários veteranos denunciaram a manifestação como um ato de vaidade de Trump, questionando o real significado do evento. “Trump é a maior ameaça que este país já enfrentou”, afirmou um ex-militar. Para outro veterano, a parade foi “uma vergonha e um desperdício de dinheiro”. Muitos destacaram que o evento foi uma exibição excessiva, despropositada e que o dinheiro poderia ter sido melhor utilizado em melhorias às forças armadas e serviços de veteranos.
“Essa festa toda foi uma espécie de show de vaidade do Trump”, criticou um Coronel aposentado com mais de 20 anos de serviço, acrescentando que o país não é uma ditadura como Coreia do Norte ou Rússia, onde esse tipo de parade é comum.
Desrespeito aos veteranos e a história militar
Os comentários também abordaram o desrespeito aparente do presidente às forças armadas, incluindo comentários depreciativos feitos por Trump a soldados caídos e veteranos, além da comemoração parecer uma exibição de egocentrismo. “Se fosse realmente ‘sobre os soldados’, a Marinha faria sua parada no aniversário da corporação em novembro. Mas tudo é sobre ele, e isso é odioso”, afirmou uma veterana do marinha com 12 anos de serviço.
Vários ex-militares relataram que, em diferentes períodos, eventos oficiais eram realizados com respeito e propósito, ao contrário deste espetáculo considerado “puro vaidade” e “show de políticos populistas”.
Preocupações com o uso político e gastos públicos desnecessários
Há uma preocupação coletiva com o uso do dinheiro dos contribuintes para eventos que parecem mais homenagens pessoais do que celebrações oficiais e unificadoras. “Esse parade foi uma perda de recursos que poderiam ser investidos em instalações militares ou em cuidados para veteranos”, afirmou um veterano da Força Aérea.
Outro veterano, que serviu na Guerra do Vietnã, lamentou a zero prioridade dada às necessidades reais de soldados e veteranos atualmente, enquanto o foco parecia estar em uma exibição de poder e prestígio pessoal.
Opiniões desconfortáveis sobre o impacto na moral e na imagem do país
A maioria das avaliações revela que o evento, em vez de fortalecer o moral das tropas e a imagem do país, reforçou sentimentos de vergonha, frustração e até de desrespeito por parte de quem serveu ou serve às forças armadas. “Gastar milhões em um desfile que parece uma imitação de regimes autoritários prejudica a reputação militar dos EUA”, destacou um veterano de duas décadas na Marinha.
De acordo com vários comentários, a percepção é de que o parade foi uma demonstração vazia de poder, que não representa a verdadeira essência do serviço militar nem honra os valores de dedicação e sacrifício dos soldados.
Perspectivas futuras: uma ferida aberta na comunidade militar
Enquanto alguns defendem a importância de manter o reconhecimento aos militares, a maioria concorda que o modo como foi realizado foi um erro. “Paradas assim não representam a nossa força, somente a vaidade de quem manda”, concluiu um ex-cef do Exército.
Veteranos apontam que ações que priorizem o bem-estar dos soldados, melhorias nas instalações e apoio aos veteranos seriam muito mais valiosas do que produções que mais parecem espetáculos egoístas. A imagem do governo e do próprio país fica refletida nas opiniões duras e profundas daqueles que dedicaram suas vidas ao serviço nacional.
