De acordo com um relatório anual do banco UBS, o Brasil abriga atualmente cerca de 433 mil milionários em dólares, ou seja, indivíduos com patrimônio superior a US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,5 milhões). Esta cifra posiciona o país como o segundo maior em volume de riqueza herdada no mundo.
Ranking mundial de milionários em dólares
O estudo revelou que os Estados Unidos lideram o ranking global, com mais de 23.800 milionários, seguidos pela China e França. A lista mostra também a presença de outros países com forte concentração de alta renda, como Alemanha, Reino Unido, Canadá e Austrália. O Brasil ocupa a segunda colocação em termos de herança de fortuna, com cerca de US$ 9 trilhões, à frente da China, que possui mais de US$ 5,6 trilhões.
Transferências de riqueza e projeções futuras
O relatório do UBS estimou que nos próximos 20 a 25 anos serão transferidos globalmente mais de US$ 83 trilhões, sendo US$ 74 trilhões entre gerações. Deste total, cerca de US$ 9 trilhões deverão corresponder a transferências horizontais, entre familiares da mesma geração, enquanto as verticais, entre diferentes gerações, ultrapassarão essa marca.
Riqueza em expansão nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, mais de 379 mil pessoas se tornaram milionárias em 2024 — uma média de mais de mil por dia. O país concentra quase 40% dos milionários globais, reforçando sua liderança no mercado de alta renda. Segundo o relatório, o patrimônio líquido das famílias americanas cresceu 4,6% em 2024.
Desigualdade no Brasil e o impacto na riqueza herdada
Apesar do número de milionários, o Brasil apresenta o maior índice de desigualdade de renda do mundo, com o Índice de Gini de 0,82, ao lado da Rússia. A concentração de riqueza na parcela mais pobre da população é notável, o que influencia diretamente na distribuição de heranças. O estudo aponta que a desigualdade agrava a concentração de renda na ponta da pirâmide social.
Perspectivas para o mercado de alta renda
Com o envelhecimento da população brasileira, especialmente entre quem possui mais de 75 anos, espera-se um aumento significativo na transferência de fortuna ao longo das próximas décadas. Segundo o UBS, o Brasil deverá registrar uma transferência de riqueza superior a US$ 9 trilhões neste período, consolidando sua posição no ranking mundial de riqueza herdada.
Para mais informações, acesse o relatório completo do UBS.